No livro Tim Maia – o som e a fúria de Tim Maia (Objetiva), Nelson Motta revela as desavenças entre o biografado e Roberto Carlos. Os desentendimentos entre os dois músicos foram parar no longa-metragem Tim Maia, dirigido por Mauro Lima. No início deste ano, a TV Globo exibiu a película, mas editou partes do filme que mostravam a pendenga entre os dois. Ficou de fora, por exemplo, uma cena em que um funcionário de Roberto Carlos desdenha Tim, amassando e jogando dinheiro no chão, quando o autor de Me dê motivo recorreu a Roberto para pedir ajuda. Em entrevista na última terça-feira (27), Roberto Carlos revelou a Amaury Jr. que não sabia desse episódio e reiterou o seu respeito pelo colega. "Sempre tive o maior respeito pelo Tim. Não teria admitido que ninguém fizesse aquilo com ele", disse ao colunista eletrônico. Na mesma entrevista, Roberto reafirmou que está preparando a sua autobiografia. Ele contou a Amaury que está gravando a sua própria história – ou a sua versão para a sua própria história. “Já gravei a minha história até a Jovem Guarda. Não estou me poupando e nem me protegendo”, disse. Roberto Carlos e biografias são duas coisas que vivem em constante desacordo. Basta lembrar o episódio do livro Roberto Carlos em detalhes, escrito por Paulo Cesar de Araújo, editado pela Planeta e retirado de circulação a pedido de Roberto. Paulo Cesar, aliás, mais uma vez, foi vitima da intransigência de Roberto. É que o escritor foi escalado pela Folha de S. Paulo para participar de uma entrevista coletiva que o cantor dará no próximo dia 5 de fevereiro. O pedido de credenciamento foi negado pela assessoria de imprensa do cantor, segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo. A entrevista está marcada para acontecer em Búzios (RJ), em uma das paradas do cruzeiro Emoções em alto mar, no qual o cantor faz um show. De acordo com a matéria da Folha, ao ser questionada sobre o veto, a assessoria de imprensa do cantor disse que é para “evitar problemas”. A reportagem ouviu ainda Dody Sirena, empresário do cantor. Ele considera o pedido de credenciamento da Folha desrespeitoso e que Paulo Cesar é “persona non grata, é inimigo, o Brasil inteiro sabe disso”. Afirmou ainda que "a Folha é bem-vinda". Outros três credenciamentos feitos pelo jornal para a entrevista foram aceitos.