As tentativas de reunir as entidades representativas da cadeia produtiva do livro em torno de uma pauta de reinvindicações comum continuam rendendo pano pra manga. Ontem, ABDL, Abeu, ANL e CBL informaram que a carta assinada pelas quatro entidades já estavam nas mãos das equipes dos presidenciáveis Aécio Neves, Dilma Rousseff e Marina Silva. Ficaram de fora, ABDR, Abrelivros, Libre e SNEL. O PublishNews, na tarde de ontem, conseguiu falar com Sônia Jardim, presidente do SNEL , e ela explicou as razões de a entidade ter ficado de fora. “Nós achamos a carta muito longa, com muitos pontos e pouco foco. A nossa ideia era propor uma versão mais curta e objetiva, mas eles estavam com o prazo apertado por conta da visita dos presidenciáveis à Bienal de São Paulo”, disse a presidente. A carta apresentada aos candidatos tem nove páginas e 17 reinvindicações. “Estamos finalizando nossa carta, com três páginas, com três ou quatro pontos. Queremos poucas coisas, mas coisas que possam acontecer”, disse Sônia Jardim. Além disso, Sonia queixou-se de erros na redação da carta. O documento assinada pelas quatro entidades e já entregue aos presidenciáveis tem, em seu segundo parágrafo, a informação: “A primeira associação, fundada em 20 de setembro de 1946, foi a Câmara Brasileira do Livro (CBL)”. “A carta começa com erro já no início. O SNEL foi fundado antes da CBL, em 1941”, disse Sonia ao PublishNews. Sonia se posicionou ainda acerca da Lei do Preço Único, encampada pelas entidades que subscrevem o documento. “A Lei do Preço Único é um assunto que a gente precisa estudar mais. O tema não está maduro para saber se é válido ou não. O que falei para as outras entidades é que o SNEL está disposto a conhecer melhor antes de qualquer posicionamento”, disse a presidente.