Não resisto a um Ano Novo. Vem aquela vontade enorme de fazer tudo de outra forma, de mudar o que não funcionou e de tentar buscar atitudes que façam a diferença durante 2014. O problema todo é que mesmo pulando onda, comendo lentilha, escrevendo pedidos, guardando o caroço das tâmaras e engolindo 12 uvas, nem sempre as coisas acontecem como o planejado. Mas, pensando em nossa profissão, vamos lá às inevitáveis resoluções para o novo ano que compartilho com vocês:
1. Não reclamar dos livros chatos e impossíveis de divulgar que chegam às nossas mãos. Pior é não ter o que divulgar:
2. Não odiar o jornalista que bate o telefone na nossa cara sem dar a mínima chance de começar o follow-up desejado. Perdoa, mas que eles sabem o que fazem;
3. Não se incomodar com o jornalista que não responde às nossas sugestões de pauta ou notas exclusivas carinhosamente preparadas. Tente ignorar e não se sentir rejeitado, pensando fervorosamente que não é pessoal e que muitos outros assessores também passam por isso diariamente;
4. Não perder a paciência com o conteúdo das redes sociais e lembrar que o assessor precisa delas para divulgar seu produto, que o mais indicado é procurar trabalhar corretamente, acompanhar, responder com agilidade e postar com eficiência;
5. Usar a agenda durante todo o ano e não apenas neste primeiro mês. Podemos até achar que nossa memória é ótima, mas ela falha, independente da idade. Hoje em dia, com todas as facilidades digitais, manter a agenda atualizada é essencial;
6. Não perder a paciência com aqueles autores que se acham acima do bem e do mal. É sempre possível aproveitar o que cada escritor pode oferecer de melhor para a divulgação. E, entre o escritor e você, certamente a direção da editora vai ficar do lado dele;
7. Atualizar o mailing, até diariamente se possível, incluir todos os novos contatos e lembrar que essa é uma das ferramentas mais poderosas do bom assessor, nossa base para fazer um bom trabalho. Serve para manter contato com os jornalistas da área e para mostrar aos nossos editores/autores que temos conhecimento da mídia;
8. Procurar manter a rotina das reuniões de briefing que ajudam muito na divulgação, mesmo que às vezes sejam insuportavelmente longas e chatas;
9. Respirar fundo, fazer meditação, praticar ioga, tomar florais ou terapia para garantir a calma para monitorar os clippings errados ou os que geralmente não são incluídos pela empresa contratada;
10. Tentar não perder o sono ou arrancar os cabelos na véspera de uma coletiva que você não queria fazer de jeito nenhum, mas os editores/autores insistiram. Só lembre seus chefes que, hoje em dia, o maior desafio para o assessor é tirar o jornalista das redações. Depois disso faça o seu melhor, encare, reze e deixe no rosto a expressão mais animada e otimista que puder conseguir;
11. Esquecer sem culpas a prova do livro que você mandou para o jornalista e não teve resposta. Não adianta pressionar, porque pode ser pior ainda. Pense que se ele estivesse interessado daria um retorno. Difícil, mas não impossível. Falar é fácil, eu sei, eu mesma quantas vezes não resisti e cobrei...;
12. Ler, ler e ler. Livros, revistas, jornais, blogs, sites e o que aparecer. Só a leitura amplia a nossa capacidade de pensar e nos dá conteúdo para encarar qualquer divulgação sem medo;
13. Por último, porque ninguém que ler textos longos neste início de ano, não desejar o livro do próximo. Claro que seria sempre muito mais interessante divulgar livros das grandes editoras que estão sempre nas páginas de cultura de jornais e revistas, mas a vida é assim mesmo.
Feliz Ano Novo!
