Esta semana eu fazer uma apresentação no Congresso do Livro Digital e darei algumas dicas sobre o Angry Birds.
Independente de, como editores, preferirmos nossas letras em tinta ou em pixels, os leitores estão votando com seus dedos e comprando digital. Então a questão agora é: como eu me transformo em produtor digital?
Nosso objetivo é: e-books de alta qualidade a um preço baixo. Bastante simples, certo? Vamos precisar de alguns bons parceiros, uma boa equipe e bons processos.
Já falamos sobre os parceiros em outro artigo – e parece que causou uma controvérsia inesperada! E encontrar a equipe perfeita exige muito trabalho. Podemos cobrir isso em outro post no futuro. Mas por enquanto vamos canalizar nosso nerd interior e entrar de cabeça no processo.
Fluxo de informação e conteúdo. O FTP, apesar de ser conhecido de muitos editores, está rapidamente se extinguindo. Precisamos nos voltar para a nuvem para aumentar a velocidade, segurança e diminuir os custos. A nuvem em termos simples nada mais é do que milhares de servidores e HDs conectados à internet. Serviços de armazenamento na nuvem como Dropbox e WeTransfer permitem que troquemos arquivos de InDesign de multi-gigabits com parceiros e colegas de graça e nos dão uma camada extra de segurança. Serviços de documentos na nuvem dentro do Google Drive nos permitem eliminar um HD cheio de documentos ultrapassados para parâmetros editoriais e planilhas de funcionamento. Mais importante, esses documentos compartilhados vêm com um mecanismo que não só permite acesso simultâneo, mas um registro automático de mudanças.
Gerenciamento de projetos.Em termos simples, um e-book é um programa de computador. Então na Hondana desenvolvemos um livro como se fizéssemos um software, usando ferramentas de desenvolvimento de projetos e comunicação eletrônica. Estas ferramentas, como a Asana, dão ao líder de produção uma visão holística do projeto, o progresso até os marcos e os alertas quando um problema foi encontrado. Para a comunicação do dia-a-dia sempre guardamos nossas conversas. Se algo precisa ser feito offline (ou através de Skype) em uma discussão, transcrevemos a notas no software. Esta diligência vale a pena no final pois identificamos questões recorrentes e as resolvemos.
Verificação de Qualidade. Já jogou Angry Birds? Eu era muito ruim – tentava o mesmo nível umas 100 vezes até conseguir eliminar os porcos verdes. Mas aí comecei a pensar no jogo como um círculo de aprendizado. Sempre que não conseguia acertar o porco, eu aprendia mais sobre como meus pássaros voavam através dos obstáculos e ajustava meu processo. Agora estes porcos desaparecem no primeiro ou no segundo tiro. Para “e-books normais” ou reflowable, fazemos uma boa parte de nosso aprendizado usando uma plataforma tradicional: Adobe Digital Editions, porque permite recriar o problema da mesma forma na tela de todo mundo, não importa se é grande ou pequena. Para um layout fixo, apesar de que o iPad Retina mostra seus livros melhores do que papel brilhante, Readium online cumpre o papel até todo mundo na sua organização comprar um desses brinquedos caros da Apple.
Alguma dica para compartilhar? Em vez de me mandar um e-mail (greg@hondana.com.br), traga suas ideias para minha apresentação no Congresso do Livro Digital. Vamos conversar sobre como construir o tripé da produção digital: com bons parceiros, bons processos e boas equipes. Sexta-feira, 14 de junho, às 14h30 no Auditório B.
