O Clipping nosso de cada dia
PublishNews, 06/11/2012
O Clipping nosso de cada dia

Lidar com as clipadoras é uma tarefa para seres especiais como os assessores de imprensa. Portanto, não adianta fingir que não precisa delas, muna-se de muita paciência e amor pelo próximo e vá em frente.

Que não é fácil todo mundo sabe. É aquela velha questão do “mal necessário”. Todas têm defeito, todas vão deixar passar matérias importantes e inexplicavelmente não clipadas em grandes veículos. E nem adianta pedir explicações, é descuido mesmo.

Para garantir um bom trabalho e evitar problemas com terceirizadas, grandes assessorias resolveram criar departamento de clipagem, mas o investimento inclui contratação de pessoas e a assinatura de jornais e revistas, além do monitoramento diário. Tudo isso tem um custo alto.

Nos últimos anos surgiram no mercado muitas clipadoras, algumas com belos portfólios e prometendo serviços especiais e atendimento de primeira. Vale tentar mudar, se não estiver satisfeito, mas tenha sempre o cuidado de assinar um contrato e ler todos os itens. Se não estiver incluso, peça para colocar uma cláusula determinando que poderá enviar links para incluir no clipping. Há funcionários de clipadoras que se ofendem e demonstram má vontade quando o cliente faz esse pedido, como se estivessem acima do bem e do mal. Se for o caso, já pode deixar essa empresa de fora dos próximos trabalhos. Parceria é sinônimo de bons resultados.

A gentileza, o retorno e a boa vontade de quem responde pelas clipadoras são essenciais para garantir o melhor serviço e já representam um estresse a menos. Essa troca de informações ajuda muito. O assessor pode colaborar avisando quando já sabe antecipadamente de matérias que serão utilizadas, ou mesmo veículos que prometeram espaços para que as clipadoras tenham mais atenção.

O assessor de imprensa, quase sempre, eu tenho certeza, acaba sendo um clipador sem remuneração. É inevitável você sair em busca de links sobre o livro ou evento que está divulgando porque é o maior interessado no retorno do seu trabalho. E não se sinta solitário nesta tarefa, quase todo mundo faz isso.

Escolher qual a clipagem indicada vai depender do que está sendo divulgado e da verba disponível. Alguns trabalhos exigem contratação de todas as clipagens, inclusive monitoramento de rádios e tevês. Se o orçamento estiver muito apertado você pode optar pela clipagem de sites apenas. Muitas entrevistas de autores ou editores em programas de rádio ou tevê você pode encontrar no próprio site das emissoras, ou contratar somente o clipping dessas entrevistas.

As clipadoras mandam os clippings inclusive de veículos impressos, se for o caso, já digitalizados por e-mail para que você repasse aos clientes. A clipagem também deve ser usada nos sites, blogs e redes sociais de editoras ou escritores, utilizando os links com chamadinhas interessantes. É uma forma de outros interessados compartilharem e de ampliar o tema entre vários públicos.

Um conselho: o clipping deve sempre ser utilizado a seu favor. Por isso é bom incluir não só os editores. Se o cliente permitir (não deixe de falar sobre isso), mande também para os escritores, tradutores, ilustradores e parceiros de divulgação. Pode ser que a própria editora prefira mandar, então tire o time de campo.

Quando a sua divulgação for um sucesso (e tomara que seja, sempre) aproveite para “lamber a cria”, no caso de trabalhar mensalmente com uma editora ou escritor. Considere mandar uma espécie de boletim virtual com os principais destaques da mídia durante o mês.

Há vários tipos de clipping. No caso das editoras, pode ser feito também o clipping setorizado com informações importantes para avaliar o comportamento do mercado, saber o que os concorrentes estão fazendo e outras ações. O clipping também dá o monitoramento das ações propostas e o retorno obtido.

A análise de clipping traz o retorno financeiro de acordo com o custo do espaço obtido nos veículos. No caso de matérias em grandes veículos é uma boa oportunidade para mostrar ao cliente o quanto economiza com o seu trabalho. O serviço também é fundamental para fazer o gerenciamento de crises quando há algum fato polêmico envolvido na divulgação.

E enquanto continuar a divulgação, guarde todos os clippings com carinho. Eles podem ajudar a rever estratégias, lembrar de veículos que são importantes para temas mais segmentados, para fazer o relatório do trabalho realizado e para mostrar organização quando solicitarem informações sobre o que já foi divulgado.

E se você perder a calma com a clipadora não se preocupe. Eu, tu, ele, todo mundo perde um dia.

[05/11/2012 22:00:00]