Educação em alta
PublishNews, Redação, 26/06/2012
Segmento foi o único que cresceu em 2011 nos negócios dos dez maiores grupos editoriais do mundo, segundo o Ranking Global

Ontem, o PublishNews divulgou o Ranking Global do Mercado Editorial, que mostrou quais são as 54 maiores empresas editoriais do mundo, segundo o levantamento feito pela consultoria Rüdiger Wischenbart. O estudo mostrou que a receita consolidada dos dez maiores grupos editoriais do globo caiu 7,4% de 2010 para 2011, de 30,977 bilhões de euros para 28,689 bilhões de euros. Hoje, você confere como foi o desempenho dessas empresas em diferentes segmentos: Científico, Técnico e Profissional, Trade (interesse geral) e Educação.

O primeiro, CTP, é o principal segmento em termos de faturamento dos dez maiores grupos editoriais apontados no estudo, e de 2010 a 2011 apresentou ligeira queda, após crescimento constante entre 2008 e 2010, como mostra a tabela abaixo. O segmento Trade também registrou declínio, em linha com a tendência observada nos anos anteriores.

A boa notícia ficou com o segmento de Educação, que registra uma ascensão contínua desde 2007, e já tem um peso tão grande quanto o segmento Trade. “A transição de uma indústria editorial baseada no papel para o formato digital, e também a transição para novos modelos de negócios e cadeias de valor, já ocorreu de maneira mais forte no CTP, e ganhou importância significativa no setor de Educação recentemente, enquanto o segmento Trade está ficando para trás nesse sentido em boa parte do mundo”, ressalta o estudo da Rüdiger Wischenbart.

Destaque para a Abril Educação

Entretanto, embora o segmento de Educação esteja em pleno crescimento, não são todas as empresas focadas no setor que se beneficiaram do bom desempenho geral. O Ranking Global selecionou nove grupos editoriais especializados no segmento dentre um total de 54 pesquisados – veja o ranking completo das empresas aqui. Quatro deles perderam receita no ano passado. Já entre as editoras que cresceram, os holofotes ficaram com a Abril Educação.

Ninguém cresceu tanto no segmento quanto a empresa brasileira, de 2010 a 2011: a alta foi de 50,7% na receita e de 61% no lucro (este entre 2009 e 2011).

Em receita, também tiveram desempenho positivo Pearson Education (4,35%), Santillana (12,15%), Wiley (2,59%) e Holtzbrinck EDU & Science (0,52%). Quatro companhias, contudo, registraram queda no faturamento em 2011: McGraw-Hill (-5,80%), Cengage (-6,99%), Houghton Mifflin Harcourt (-14,07%) e Cornelsen (-2,50%).

O levantamento da Rüdiger Wischenbart é realizado anualmente a pedido da Livres Hebdo, revista francesa especializada no mercado editorial, e é publicado em conjunto pela Buchreport, na Alemanha, The Bookseller, no Reino Unido, Publishers Weekly, nos Estados Unidos, e PublishNews, no Brasil. As informações das empresas são coletadas a partir de relatórios, documentos e consultas, e incluem os números referentes a vários tipos de publicação (livros, material digital e informação profissional, com exceção de jornais, revistas, serviços de notícias ou publicações corporativas). Receitas provenientes de atividades de varejo também não são incluídas no estudo.

[26/06/2012 00:00:00]