A editora americana Wiley, uma das maiores do mundo especializadas em conteúdo científico, técnico e profissional (CTP), inicia suas operações brasileiras neste mês com o objetivo de desenvolver três áreas e de olho em “parcerias estratégicas”, o que pode incluir aquisições de empresas, entre outras possibilidades. O desembarque no Brasil visa desenvolver, pelo menos num primeiro momento, negócios exclusivamente digitais voltados para as áreas de pesquisa, educação e desenvolvimento profissional.
A empresa explica que não está se instalando aqui para ser uma editora de livros em português. “O nosso objetivo no Brasil não é ser uma editora de livros, mas é desenvolver parcerias – para melhorar a distribuição de nossos produtos, vender mais direitos etc – e desenvolver produtos digitais, que não serão simplesmente e-books”, afirma Philip Kisray, vice-presidente de desenvolvimento internacional da editora.
E um dos primeiros passos é fortalecer os laços com a Capes, o órgão governamental responsável por várias iniciativas no ensino de pós-graduação do país. E não é à toa que essa seja a prioridade: só no ano passado, a Capes comprou R$ 133,2 milhões em conteúdo digital para abastecer o seu portal de periódicos, que permite acesso gratuito a 31 mil títulos de periódicos científicos e nada menos do que 150 mil e-books integrais, em diferentes idiomas e em várias áreas do conhecimento.
