Neste ano, os livros do ano do Jabuti, tanto em ficção quanto em não ficção, foram escolhidos a partir da seleção de primeiros colocados nas diversas categorias do prêmio. Anteriormente, eram os três primeiros colocados de cada categoria que concorriam aos títulos. As regras mudaram depois do episódio, em 2010, envolvendo a escolha de
Leite Derramado (Companhia das Letras), de Chico Buarque, como Livro do Ano, apesar de ele ter ficado em segundo lugar em Romance. A escolha provocou a contestação da Record, editora de
Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre, que ficou em primeiro lugar na mesma categoria. A Record chegou a abandonar o prêmio, mas depois voltou atrás.
Ontem, a CBL também se preocupou em soltar um comunicado sobre a desclassificação da obra
Alceu Penna e as garotas do Brasil, de Gonçalo Jr, pelo fato de que a obra tinha sido lançada originalmente em 2004. Alguns cartunistas haviam dito que protestariam na Sala São Paulo, local da premiação, o que não ocorreu.
Neste ano, a categoria Capa foi a que mais teve inscritos: 244. Ao todo, o Jabuti teve menos inscrições do que no ano passado: foram 2.618, contra um recorde de 2.867 em 2010. A CBL acredita que a mudança do regulamento, que reduziu o número de finalistas para o Livro do Ano de Ficção e de Não Ficção, tenha desestimulado o aumento no número de concorrentes.
Em tempo: a apresentação do prêmio deste ano foi de Pedro Bial que, diferentemente de quando apresentada o reality show Big Brother Brasil, não citou nenhum trecho de livro para entreter o público. Mas, em compensação, fez a alegria da plateia feminina.
[01/12/2011 01:00:00]
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