Complexo de Peter Pan
PublishNews, Ricardo Costa, 14/11/2011
O jovem autor francês Henri Loevenbruck não quer chegar aos 40 anos

Conheci Henri Loevenbruck ainda no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, quando chegávamos juntos para o Fórum das Letras 2011. Ontem, domingo, rolou uma coletiva na pousada onde o escritor se hospedou em Ouro Preto. Pergunta clássica de entrevista com autor é sobre como ele se tornou um escritor, e é claro que essa foi uma das primeiras. Henri contou que sempre soube que era isso o que queria fazer na vida. Mas a pergunta que realmente o desconsertou foi “Quantos anos você tem?”. Primeiro disse 38, e em seguida corrigiu para 39. Pela confusão, achamos que o aniversário havia sido recente, mas ele confessou que havia sido em março...e contou o seu complexo de Peter Pan. Ele tem horror às idades de 40 e 70 e ainda leva no braço esquerdo uma tatuagem do personagem que se recusava a crescer.

Para quem nem chegou aos 40, Loevenbruck já fez bastante coisa. Estudou jornalismo e aos 25 anos escreveu seu primeiro livro sob o pseudônimo de Philippe Machine: Les post-humains. Mais dois títulos foram lançados enquanto trabalhava como jornalista, e depois disso passou a ser escritor em tempo integral. Ou quase. Na juventude começou também sua carreira de músico. Escreveu para alguns intérpretes, mas chegou o momento em que quis interpretar as suas próprias músicas e montou uma banda.

Hoje, Henri tem 13 livros publicados na França e dois títulos lançados no Brasil, pela editora Bertrand: A síndrome de Copérnico e O testamento dos séculos. Outros três títulos, que compõem a sua primeira trilogia, La Moïra, foram adquiridos pela editora brasileira e devem chegar às livrarias tupiniquins no segundo semestre de 2012.

[14/11/2011 01:00:00]