Antropóloga analisa a etnografia do PCC
PublishNews, Redação, 20/05/2010
Pesquisa bibliográfica e experiência pessoal são a base do livro

“As principais avenidas de São Paulo nunca estão desertas. Não posso enumerar os motivos que levam as pessoas a ganharem as ruas durante a madrugada, mas um deles conheço bem: é o dia de visita nas cadeias”. Com estas palavras, a antropóloga Karina Biondi inicia Junto e misturado: uma etnografia do PCC (Terceiro Nome, 248 pp., R$ 34) e conduz o leitor por um universo pouco conhecido, controverso e impossível de ser ignorado: o do Primeiro Comando da Capital, ou PCC, e sua história, modo de funcionamento, ética e organização política. Karina teve acesso às informações e descrições contidas neste livro como resultado de uma reunião de papéis tão rica quanto peculiar: o de antropóloga e o de esposa de detento – seu marido foi inocentado depois de seis anos de prisão, e durante esses seis anos ela o visitou semanalmente em diversas cadeias do estado de São Paulo, quando desenvolveu seu mestrado.

[20/05/2010 00:00:00]