Não é bom mexer com o perigo, ou seja, é melhor não cutucar a onça com vara curta. É o que mostra, numa história divertida, o livro Dona onça é muito sonsa (Pruminho, 24 pp. R$ 23,90), com texto e ilustrações de Maurício Veneza. A história é construída a partir de três contos populares. A personagem principal é a onça, uma criatura muito espertinha que vive querendo tirar vantagem dos outros bichos da floresta. Entre planos e truques para devorar o macaco, a cutia e o coelho, ela não percebe que está sendo enganada e leva sempre a pior. Na primeira história, a onça resolve se fingir de morta para atrair os bichos para seu velório, mas se esquece de um pequeno detalhe: onças mortas não espirram e a confusão fica armada. Na segunda, o macaco, para não ser devorado enquanto bebe água num riacho perto da onça, decide se fantasiar e passa despercebido. Já no último conto, a onça pede que o gato ensine a pular com rapidez e agilidade.