A premiada fotógrafa inglesa Harriet Logan visitou o Afeganistão para ouvir e retratar dezenas de mulheres durante o regime obscurantista do Taleban e depois dele. É um livro impressionante sobre um mundo tão absurdo que parece pesadelo, algo difícil de imaginar em pleno século 20. Trata-se de uma reportagem viva, emocionante, quase inacreditável, que supera qualquer ficção. Mulheres de Cabul (Ediouro, 128 pp., R$ 29,90) de certa forma amplia, de maneira mais realista e crua, o universo afegão mostrado no romance O caçador de pipas, de Khaled Hosseini, ou em O livreiro de Cabul, de Asne Seierstad. Com uma vantagem: traz dezenas de belíssimas fotos. Durante o regime do Taleban, as mulheres do Afeganistão foram submetidas a absurdas leis repressoras. Foi nesse mundo de trevas que Harriet Logan mergulhou em busca de histórias e imagens humanas e dolorosas.