Guerra contra o conhecimento
PublishNews, 23/11/2006
História universal da destruição dos livros -- das tábuas sumérias à guerra do Iraque (Ediouro, 438 pp., R$ 49,90, trad. Léo Schlafman) é o resultado de um estudo de doze anos do pesquisador venezuelano Fernando Báez. Traduzido para muitos países o livro tornou-se um best-seller mundial. Organizado em onze capítulos, Báez nos oferece uma visão aterradora da prática da destruição de livros, que se inicia no Mundo Antigo, passando pela Inquisição e tempos das conquistas, até a catástrofe recente: a destruição de um milhão de livros no Iraque, como conseqüência de uma guerra absurda. Medo, ódio, soberba, intolerância e sede de poder é o que sempre motivou os biblioclastas (termo com que são designados os destruidores de livros), cuja intenção na verdade, nunca foi simplesmente destruir o objeto em si, mas o que este representava: o vínculo com a memória e o patrimônio das idéias de toda uma civilização.
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