Escritora constrói a saga de uma família
PublishNews, 07/11/2006
Para alguns, as cataratas do Niágara, com a força das correntes e a violência das quedas d'água, são uma impressionante formação da natureza e um ponto turístico obrigatório; para outros, elas exercem um efeito muito distinto. Gilbert Erskine, jovem pastor de 27 anos, não pode resistir ao feitiço das cataratas. Numa manhã de junho de 1950, atravessa os portões atordoado, como num transe, sobe na amurada acima das águas turbulentas e se lança antes que o vigia possa alcançá-lo. Havia se casado no dia anterior, e abandonara a noiva ainda dormindo, na suíte nupcial do Grande Hotel Rainbow, com um enigmático bilhete de despedida apoiado contra o espelho do quarto. É a partir desse ponto que Joyce Carol Oates constrói uma saga norte-americana, As cataratas (Globo, 488 pp., R$ 48, trad. Luiz Antonio Aguiar).
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