Clarice jornalista
PublishNews, 18/10/2006
Clarice Lispector era a única mulher na redação em que trabalhava em 1940, e uma das poucas, à época, a exercer uma profissão. Nos anos 1950, enfrenta novo desafio. Convidada a escrever colunas femininas, mas deseja driblar a ideologia veiculada nessas seções, que reduzia a mulher ao desempenho de um papel menor na sociedade. Ao lado dessa preocupação, vive o temor de que o ofício comprometa sua reputação como ficcionista. Por isso, utiliza pseudônimos e concorda em ser a ghost writer da famosa manequim Ilka Soares. Ao lançar Clarice Lispector jornalista: páginas femininas e outras páginas (292 pp., R$ 45), o Senac São Paulo oferece novos elementos para a apreciação da trajetória da escritora.
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