Opondo-se francamente às teorias segundo as quais a forma escrita é determinada pelo suporte e pelo instrumento, Ladislas Mandel defende que as mutações da escrita correspondem sempre às mutações do espírito, em cada época e em cada lugar. A escrita, além de memória da humanidade, é o seu espelho, é a expressão direta do homem e da sociedade. Mandel colecionou a vida inteira documentos e objetos testemunhais da escrita no decorrer dos milênios e das civilizações, que revelam, a quem souber lê-los, a evolução das diferentes etapas da historia das escritas e da tipografia. Escritas, espelho dos homens e das sociedades (Edições Rosari, 196 pp., 42), de Mandel, é ricamente ilustrado e tem a apresentação de Dorothée de Bruchard, com prefácio de Giorgio Montecchi professor de História do Livro da Universidade de Milão.