Contos de Marías
PublishNews, 23/08/2006
Um guarda-costas que preferia ver seu patrão morto, um médico aparentemente especializado em misteriosas - e letais - visitas noturnas, uma aspirante à atriz pornô tentando quebrar o gelo com seu parceiro, um falsificador de quadros movido por uma ética muito peculiar e alguns mortos - além de fantasmas - povoam os doze contos de Quando fui mortal (Companhia das Letras, 168 pp., R$ 37, trad. Eduardo Brandão) de Javier Marías. As vidas sobre as quais Marías se debruça e observa, seja como fantasma, seja como mortal, são repletas de pequenos episódios aparentemente desimportantes, mas que na verdade se mostram cheios de encantamento e possibilidades. Como o fantasma do conto que dá título ao livro, Marías paira sobre os seus protagonistas, observados com uma ironia que quase disfarça o olhar carinhoso.
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