Diários da floresta (Terceiro Nome, 244 pp., R$ 38) é o conjunto das anotações de campo das seis primeiras viagens da antropóloga Betty Mindlin ao povo Suruí Paiter de Rondônia, entre 1979 e 1983. Os diários de Mindlin foram retrabalhados e editados, reduzidos a uma dimensão muito menor que a original, para, segundo ela, "não abusar da paciência dos leitores". Entremeados de comentários atuais sobre o que se passava então e sobre a situação dos índios, os relatos da época não estão escritos como um estudo sistemático e exaustivo, embora baseados em uma observação aguçada e informada pelas ciências sociais. Os índios dos diários não são sujeitos, colaboradores ou objeto de pesquisa; são companheiros, com formas de pensar e de agir diferentes, mas amáveis ou detestáveis como em qualquer lugar.