A vingança da mulher traída será cruel
PublishNews, 30/11/2005
O drama de Medéia é umas das grandes obras de um dos nomes mais famosos da tragédia grega, Eurípides, considerado o homem que humanizou o gênero por contar heróis e heroínas em vidas comuns. Mas foi Roma que consagrou a obra entre a população e a fez chegar ao resto do mundo. Em Medéia: O Amor Louco (FTD, 112 pp., R$ 18,60) adaptação de Luiz Galdino, para Coleção Teatro em Prosa, ela alcança o público adolescente que poderá descobrir em linguagem fácil o conteúdo da história. As ilustrações são de Victor Tavares A personagem tornou-se símbolo de mulher traída, capaz de transformar amor em ódio para vingar-se do homem pelo qual se apaixonou. Ela é a mulher que Eurípides usou para demonstrar até onde vai o desejo de vingança do ser humano e quantas atitudes horrendas é capaz de cometer em nome de uma traição. Na obra de Galdino, é possível perceber que os valores morais da Grécia Clássica estão implícitos na sociedade atual, que o maior sofrimento do homem contemporâneo, representado pelos lamentos da personagem, continuam muito semelhantes ao que se vê hoje. Poderá constatar também que a insegurança da vida mortal e a possibilidade de controlar os sentimentos em busca de equilíbrio ainda são atitudes quase imortais.
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