Fumaça vermelha no Vaticano
PublishNews, 19/08/2005
Poder, conspiração, política, luxúria, messianismo. Esses são alguns dos ingredientes da série de quadrinhos Bórgia: uma espécie de biografia não autorizada da família considerada por alguns críticos como os Corleone da Renascença e que expõs os "pecados" da igreja católica da virada do século XV para o XVI. Nessa época, o Vaticano colecionou tantos escândalos quanto o governo de Fernando Collor ou de Richard Nixon. Todos os atos praticados por Rodrigo Bórgia, e sua família, para se tornar o papa Alexandre VI estão em Bórgia - Sangue para o Papa -v.1 (Conrad., 60 pp., R$ 39), obra de um dos principais roteiristas da Nona Arte mundial, Alejandro Jodorowsky. A coleção, que está sendo lançada no Brasil, conta com o traço do mestre das histórias em quadrinhos eróticos, Milo Manara, conhecido por retratar as mais belas mulheres em quadrinhos. Na Europa, o primeiro volume (Du Sang pour le Pape), foi lançado em novembro de 2004. A morte de Inocêncio VIII, em 1492, e os novos ares da Renascença deram a chance para que Rodrigo Bórgia pudesse utilizar seus métodos pouco ortodoxos para tomar posse do Vaticano. O conclave é um dos momentos em que ele compra e chantageia os cardeiais e suas respectivas dissidências religiosas.
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