Um grupo de 43 autores se predispuseram a pensar Leminski, em celebração aos 60 anos de seu nascimento. Livro híbrido, A linha que nunca termina (Lamparina, 432 pp., R$ 44), organizado por André Dick e Fabiano Calixto, propõe revisitar a obra do escritor paranaense com múltiplas abordagens: poemas, ensaios, depoimentos, análises de obras, ilustração e fotografias. A idéia é resgatar o espírito "multimídia", como ele próprio se auto-definia. Ultrapassando as fronteiras nacionais, Paulo Leminski é radiografado por autores radicados na América Latina e nos Estados Unidos. O estudo de sua produção artística comporta o movimento concretista e o simbolismo no Brasil; a cultura literária japonesa, com maior expressão nos haicais e na figura de Matsuó Bashô; a Irlanda, materializada em James Joyce; a França, de Mallarmé; e a Europa Oriental, que reúne influências político-literárias como Trótski e Maiakóvski. O livro ainda traz uma cronologia da vida e da obra de Paulo Leminski e um compêndio bibliográfico do escritor. O lançamento da obra acontece amanhã, 24 de fevereiro, a partir das 20h, na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37) em São Paulo. Na ocasião, haverá uma homenagem aos 60 anos do nascimento de Leminski e a comemoração do 1º aniversário da editora carioca Lamparina.