Contornar o trecho não navegável dos rios Madeira e Mamoré era a alternativa mais viável para o escoamento dos produtos brasileiros e bolivianos para o Atlântico, assim surgiram propostas de construção de uma ferrovia que transpusesse esse trecho, margeando-o. Publicado pela primeira vez em 1960 pela Editora Melhoramentos, tendo vendido mais de 50 mil exemplares nos 27 anos que se seguiram até sair de catálogo, o livro A Ferrovia do Diabo (400 pp., R$ 29,90) de Manoel Rodrigues Ferreira, volta às prateleiras com edição atualizada e nova capa. A obra surgiu depois que Manoel Rodrigues Ferreira recebeu uma série de fotos tiradas no início do século pelo norte-americano Dana Merrill - fotógrafo oficial do trust Farquhar durante a construção da Estrada. Com os negativos na mão, o autor publicou uma série de 15 reportagens para o jornal paulistano A Gazeta, em 1957, após três meses de um profundo mergulho na história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.