Mecenas viciada em artes e artistas
PublishNews, 04/02/2005
Peggy Guggenheim, a vida de uma mulher viciada em arte (Globo, 504 pp., R$ 62), biografia de Peggy Guggenheim escrita por Anton Gill, revela o mundo da famosa colecionadora de artes que de menina burguesa passou a patrona de artistas e dona de uma das mais importantes coleções de arte moderna do século XX. Em sua obra, Anton Gill inseriu nos momentos oportunos detalhes picantes ou relatos de episódios pouco ortodoxos que envolvem maridos e casos de Peggy, não raro famosos artistas que a cercaram durante toda a vida. Definida pelo autor como "complexa, anárquica e memorável mulher", Peggy, sempre com seus óculos de armações originais e jóias enormes, preferia a notoriedade como célebre colecionadora de arte, mas sua vida atribulada, "numa inquieta mescla de nomadismo e libertinagem", despertou tanto interesse no público que as intrigas, calúnias e escândalos acabaram por obscurecer a fama de protetora de pintores e escultores. Além de posar para os fotógrafos Man Ray e Berenice Abbott, foi assídua interlocutora de James Joyce e Samuel Beckett; ajudou Jackson Pollock e casou-se com Max Ernest. Sobrinha de Solomon Guggenheim, rico industrial americano e também colecionador de arte, Peggy apoiou cubistas, surrealistas e mais notadamente os expressionistas abstratos. A coleção Peggy Guggenheim, abrigada no Palazzo Venier dei Leoni, próximo ao Grande Canal de Veneza, é hoje o mais importante museu italiano de arte moderna da primeira metade do século XX.
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