De futebol e filosofia, todo mundo entende um pouco. Para cada jogada, há sempre um teórico de plantão. É o impedimento que não impediu nada, é o volante que é perneta, é a defesa que tranca, é o juiz que rouba. Coração de torcedor só conhece uma única razão, a dele, claro. Mas, na hora do vale-tudo, quando tudo parece caminhar para a morte súbita, a solução é apelar para o Zé Cabala - impagável personagem criado pelo escritor José Roberto Torero -, um paranormal que recebe jogadores-defuntos e faz revelações incríveis sobre os mistérios do futebol-arte. Zé Cabala e outros filósofos de plantão (Objetiva, 148 pp., R$ 24,90), reúne os melhores textos de Torero publicados nas páginas de esporte do jornal Folha de São Paulo nos últimos anos. O livro valoriza as crônicas que passeiam entre a verdade e a ficção, o raciocínio e a invenção, usando uma linguagem pouco comum no jornalismo esportivo brasileiro. O futebol visto por um garoto de oito anos de idade, um Manual Enciclopédico de Times Imaginários, renomados filósofos - como Sócrates, Marx e Satre - escalando times que refletem suas teses filosóficas. É um time de 35 crônicas capazes de fazer o maior meio de campo com o leitor e ainda convidá-lo para marcar aquele gol de placa.