Este ano, o Papai Noel chegou mais cedo para livreiros e editores brasileiros. E desceu ontem pela chaminé do Palácio do Planalto, em Brasília. O presente era a completa desoneração do livro no Brasil. É verdade que ninguém viu o mitológico velhinho ali na sede do governo federal, mas um outro barbudo ficou responsável pela entrega do presente: Luis Inácio Lula da Silva. Afinal, ontem, em cerimônia iniciada às 11h25, o Presidente da República sancionou a Medida Provisória 206/04, que isentou o livro de PIS, Cofins e Pasep, únicas taxas ainda incidentes sobre o livro no País. A solenidade aconteceu no segundo andar do Palácio do Planalto, no Salão Leste, que foi pequeno para acomodar todos os editores, livreiros, escritores e demais profissionais do livro. Presidentes de entidades como Paulo Rocco (SNEL), Oswaldo Siciliano (CBL), Angel Bojadsen (Libre), Marcus Gasparian (AELRJ) e Enoch Brüder (ABDR) marcaram presença. Editores como Alberto Quartim (Códex), Carlos Augusto Lacerda (Nova Fronteira) e Jean-Christophe Marc (Larousse) também foram à Brasília. Havia ainda livreiros como Onofre Laselva e distribuidores como José Henrique Grossi (Superpedido). Os escritores também estavam bem representados por talentos como Moacyr Scliar, Paulo Lins e Gloria Kalil. Do lado do governo, compunham a mesa da solenidade João Paulo Cunha (presidente da Câmara), José Sarney (presidente do Senado), os ministros Antonio Palocci (Fazenda), Gilberto Gil (Cultura) e Tarso Genro (Educação), além de Lula, Scliar e Siciliano. No evento, o presidente da Câmara Brasileira do Livro entregou a Lula, Sarney e Palocci o certificado de Amigo do Livro. Além da assinatura que sancionava a desoneração, houve vários discursos (vide notas abaixo) e o lançamento do Ano Íbero-Americano da Leitura, o Vivaleitura 2005.