O Super Empty (Planeta, 128 pp., R$ 34,90), de Luciana Pessanha e José Carlos Lollo, é um herói que tem uma enorme fraqueza, mas que, por afirmar seu vazio, torna-se indestrutível - ainda que, às vezes, patético e cheio de falhas. Ele é um herói das palavras e não da força. Nas mais de 100 páginas de cartoons, são contadas as aventuras e desventuras deste super-herói que, numa época em que somos quase obrigados a nos inventar, reinventar e apresentar resultados relevantes a todo momento, nos sentimos, muitas vezes, impotentes. Uma espécie de super-humano que, por ter consciência disso, torna-se herói. Super Empty nasceu em 1998, quando Luciana Pessanha comentou com José Carlos Lollo que estava sentindo um vazio no peito. Ela desenhou o tórax do Super-Homem, com um buraco no meio - no lugar do S - e comentou: "Eu sou o Super Empty". Imediatamente, Lollo deu contorno à idéia, colocando um "E" flutuando dentro do buraco e desenhando um super-herói em torno dele.