Virgem, do latim virgine: quem nunca teve relações sexuais. Ou, segundo teorias recentes e não totalmente comprovadas, qualquer pessoa após passar 365 dias sem sexo. O período de seca corresponderia a uma revirginização e transformaria até os mais loucos e devassos em inocentes sexuais, apagando todo o passado de luxúria. Perdidos os anos de amassos em bancos de carro, os pegas em banheiro de boates, as idas a motéis com o marido da melhor amiga. Stacy Temple, webdesigner de um site de lingerie erótica, está prestes a ter sua bagagem sexual extraviada. Desde que brigou com Brian, seu último namorado, há quase um ano, nunca mais transou. Sem a menor vontade de se tornar uma virgem outra vez - afinal uma desastrada primeira vez já é o bastante - ela parte para o ataque. Falta apenas uma semana para arranjar um parceiro. Mas Stacy terá muito mais trabalho para descolar uma noite de sexo descompromissado do que o imaginário feminino gostaria de supor. Esta é a trama de Stacy temple, virgem por acaso (Record, 320 pp., R$ 37,90), da norte-americana Valerie Frankel. Com um estilo ferino e diálogos afiados, Frankel faz uma bem-humorada crítica de costumes e coloca em evidência o comportamento sexual de toda uma geração.