Bruxas perversas
PublishNews, 26/11/2004
Adeus sexo frágil. Em em As mulheres mais perversas da história (Planeta, 280 pp., R$ 39), a biografia de quinze mulheres não deixa dúvida de que o mal independe de gênero. Das imperatrizes romanas a filhas ciumentas, passando por donas de casa entediadas, todas foram culpadas por seus crimes. Os motivos que as levaram a cometer atos de barbárie vão da ganância ao amor. As três assassinas vitorianas incluídas no livro, por exemplo, estavam, em última instância, atrás de dinheiro. Lizzie Borden vislumbrava a herança familiar; Grace Marks queria ascender socialmente. Aos 16 anos, cometeu assassinato na tentativa de deixar de ser "a empregada para todo tipo de serviço". Mary Ann Cotton matou maridos e crianças a perder de vista. "Aterrorizada com a possibilidade de ser deixada sem vintém, Mary Ann abriu caminho em uma família após a outra por meio de assassinatos, para ter certeza de que nunca teria que encarar a ignomínia de um asilo vitoriano", explica a autora da obra, Shelley Klein. Já as imperatrizes romanas Valéria Messalina e Agripina, a Jovem, assim como a imperatriz chinesa TSi-hi, poderiam ser consideradas "grandes conspiradoras", mesmo que tenham muito em comum com inimigos do povo como Catarina II, da Rússia, conhecida como Catarina, "a Grande", a rainha Ranavalona de Madagascar e Elena Ceausescu. Há ainda mulheres como Myra Hindley e Karla Homolka, tão escravizadas por seus amantes, que sofreriam qualquer degradação e cometeriam ou participariam de qualquer crime para se manterem perto deles.
[26/11/2004 01:00:00]