Os primórdios sétima arte em SP e no RJ
PublishNews, 23/11/2004
Houve um tempo em que cinema no Brasil era aquilo que se fruía à passagem pelas cidades de exibidores ambulantes com suas engenhocas derivadas da lanterna mágica. Mas no fim do século XIX deu-se o salto do "pré-cinema" para o cinematógrafo, e estava lançado o entretenimento de massa que empolgaria o mundo no século XX inteiro, continuando neste no século XXI. Imagens do passado: São Paulo e Rio de Janeiro nos primórdios do cinema (Senac São Paulo, 344 pp., R$ 55) conta e analisa a história das duas décadas iniciais dessa "sétima arte" no país, a começar de 1896. Além da extensa pesquisa do período, José Inácio de Melo Souza vale-se de relatos de pessoas (escritores, advogados, cidadãos comuns, textos de variado quilate) para evocar esse momento, descortinando o papel que Rio e São Paulo tiveram na fixação e no usufruto da mercadoria cinematográfica, logo dominada por importadores e exibidores da "diversão enlatada". No processo, a influência do cinema na sociedade é destacada, com as mudanças de comportamento a anunciar a avassaladora predominância, nos anos seguintes, da americanização cultural que Hollywood efetuaria.
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