Já são famosas as histórias de escritores que receberam inúmeros "nãos" de editores antes de serem publicados e se tornarem sucesso de público e crítica. Segundo as lendas editorias, o francês Julio Verne só foi publicado pelo 14º editor que procurou com seu primeiro manuscrito. O mega-seller Harry Potter não ficou atrás - J. K. Rowling recebeu mais de uma dezena de negativas antes de emplacar seu manuscrito na inglesa Bloomsbury. Por isso, o escritor Eduardo Garrafa, agenciado pela Página da Cultura, pode se considerar um privilegiado. Seu livro intitulado Quando meu pai saiu de casa foi rapidamente aprovado pela agente literária Marisa Moura, que capitaneia a Página da Cultura, mas a "maré de sorte" não parou por aí. "A Ática aceitou imediatamente publicar o livro e tinha sido uma das primeiras editoras que contatamos", explica Marisa. Com isso, o engenheiro químico Eduardo Garrafa, de 45 anos, estréia na literatura juvenil sem conhecer o gosto amargo da rejeição de um original. Quando meu pai saiu de casa (Ática, 168 pp., R$ 17,50) faz parte da coleção Sinal Aberto e conta a história de Gabriela, uma garota que desmorona com a separação dos pais. Aos 15 anos, sua vida sofre uma verdadeira reviravolta da noite para o dia quando seu pai, sem aviso algum, decide sair de casa. O livro é recomendado para leitores a partir de 13 anos.