"Manuel Bandeira foi o poeta brasileiro mais lírico e límpido do século XX. Seu lirismo está presente desde os primeiros poemas - e às vezes de maneira tão espontânea e solta que Mário de Andrade (que queria o poema com intencionalidade, ou seja, elaborado, não apenas recolhimento de impulso lírico), chegava a reclamar." É assim que o jornalista e professor de Literatura Brasileira da UFBA Ruy Espinheira Filho inicia a introdução de sua obra Forma e alumbramento: poética e poesia em Manuel Bandeira (José Olympio, 238 pp., R$ 33). "Mas Bandeira está muito longe de ser apenas um registrador de impulsos líricos", continua. "Por isso o título deste trabalho - porque o poeta era tanto o mestre da técnica, o cultor da forma, como o iluminado de alumbramentos, de epifanias". A obra tem prefácio de Ivan Junqueira, presidente da Academia Brasileira de Letras. Aliás, o lançamento do livro será hoje, 29 de junho, na própria Academia (Av. Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), a partir das 17h30. Durante o evento, Ruy Espinheira Filho fará a palestra "Poetas Críticos - Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Olavo Bilac".