Alemanha x Brasil: semelhanças e diferenças
PublishNews, 22/04/2004
No último dia 20 de abril, a Liga Brasileira de Editoras (Libre) e a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu) receberam uma delegação da Feira do Livro de Frankfurt durante a 18ª Bienal do Livro. O encontro contou com a presença do editor alemão Christoph Links e da gerente de projetos internacionais da Feira de Frankfurt, Iris Klose. O evento, de certa forma, serviu para oficializar a parceria da Libre com a maior feira editorial do mundo. Como explicou Angel Bojadsen, presidente da Libre, a organização da Feira ofereceu um estande mínimo de 4 metros quadrados para a entidade, que comprou uma área complementar de mais 4 metros quadrados. Isto, segundo Bojadsen, permitirá que cada editora libreira envie de 5 a 8 livros para a Alemanha. O ponto alto da programação foi a palestra do berlinense Cristoph Links (foto), que abordou as dificuldades inerentes aos pequenos editores, com enfoque à realidade do mercado alemão. "Temos de lutar muito para sobreviver", declarou o editor, antes de explicar que a maior rede de livrarias alemã, a Thalia, foi recentemente adquirida pela Perfumaria Douglas, que passou a exigir das lojas de livros o mesmo retorno que obtém no mercado de sabonetes e afins. O resultado, segundo Links, é que a Thalia não aceita mais receber representantes de editoras menores e querem trabalhar com apenas 70 editoras em um universo de 2 mil casas editoriais alemãs. A situação não é diferente da realidade brasileira. Bojadsen lembrou, no debate que se seguiu à palestra, que já ouviu de uma grande rede brasileira que eles gostariam de trabalhar com apenas 12 editoras. Links também explicou que no mercado alemão há dois momentos de lançamentos de livros, um no outono e outro na primavera. Dessa forma, os livros são todos lançados juntos, permitindo que os repesentantes de vendas canalizem seus esforços em dois períodos do ano.
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