Não há quem não reclame da distribuição de livros no Brasil. Em um mercado de muitos palpites e poucas convicções - onde já se disse até que livro de capa verde não vende -, uma coisa é certa: a distribuição de livros ainda deixa muito a desejar. Diante desta constatação, o Grupo Alana (holding do Grupo Itaúsa) decidiu apostar pesado no setor, investindo R$ 8 milhões e reformulando suas duas empresas ligadas ao mercado editorial: a Superpedido e a Fase Logística. "Nossa proximidade ao mercado nos levou à conclusão de que existem oportunidades ímpares no mercado editorial brasileiro", afirma Claudio Ventura, diretor do Grupo Alana. "Acreditamos que este mercado tende a se fortalecer e este é o momento de se posicionar." Este novo posicionamento, aliás, será apresentado ao mercado nesta 18ª Bienal de São Paulo. A grande mudança na Superpedido é que a antiga empresa B2B passa agora a operar como uma distribuidora tradicional, atendendo livrarias e editoras de todo o Brasil. A primeira empresa a fechar um contrato de distribuição com a nova distribuidora foi o Grupo Summus, que abrange as editoras Summus, Ágora, Selo Negro, GLS, MG, Plexus e Mescla. As mudanças na Fase Logística também foram grandes. Desde outubro de 2003, o controle acionário da empresa passou de forma praticamente integral para o Grupo Alana - apenas a alemã Miebach Logística manteve uma participação simbólica. Além disso, a empresa de logística especializada em livros mudou de nome e passa a se chamar, a partir desta Bienal, de Bíblion Logis. Os antigos armazéns, antes localizados no ABC paulista, também foram transferidos para novas instalações em Barueri.