Coleção da Record desenterra tesouros literários
PublishNews, 26/03/2004
"Uma coisa inconsciente, predestinada." Assim o escritor escocês Robert Louis Stevenson definiu uma de suas mais conhecidas obras, A Ilha do Tesouro (Record, 352 pp., R$ 39,90). O livro surgiu a partir de um desenho feito durante uma tarde fria do outono escocês, em 1881, quando Stevenson resolveu retratar uma ilha em seus mínimos detalhes. A obra é o segundo livro da coleção Clássicos de Aventura, organizada por Heloisa Seixas publicada pela Record, que reúne algumas das principais histórias de aventura em novas traduções. A obra que inaugurou a coleção foi Ela (464 pp., R$ 48,90), do inglês H. Rider Haggard. Aliás, não serão apenas os temas aventurescos que unirão os livros da Coleção Clássicos de Aventura, mas também o fato de que a série trará apenas autores britânicos. "Talvez o clima da Grã-Bretanha tivesse um efeito especial sobre a cabeça das pessoas, fazendo-as escrever livros assim, fossem renomados aventureiros como Rider Haggard ou homens que passaram boa parte da vida doentes, em cima de uma cama, como Stevenson", revela Heloísa Seixas. A Ilha do Tesouro, cujo enredo traz a história de um jovem envolvido em uma grande aventura de piratas, foi escrito para ser contado, para ser lido em voz alta. Segundo consta, lendo o texto em voz alta, Stevenson percebia os trechos em que as falas pareciam literárias demais, caprichadas demais e, por isso mesmo, menos factíveis. E fazia suas emendas.
[26/03/2004 00:00:00]