Germinal lança clássico de Chesterton
PublishNews, 16/03/2004
O homem que foi quinta-feira (Germinal Editora, 230 pp., R$ 37), do britânico Gilbert Keith Chesterton (1874-1936) se origina de um diálogo entre dois poetas com visões completamente diferentes sobre a natureza do verso. Enquanto um preza pela ordem no mundo e afirma que a arte é fruto dela, o outro credita a qualidade do poema ao maior grau de anarquia que se possa atingir. A partir desse antagonismo, acontecimentos inusitados e diálogos levam o leitor a mergulhar na alma humana e em questões complexas da sociedade, sempre de forma bem humorada. Ao utilizar como alegoria os dias da semana - tendo em conta a passagem bíblica da criação do mundo - para caracterizar os principais personagens desse romance, Chesterton revela perspicácia e sabedoria na arte de escrever. Além de os personagens terem visões diferentes, cada um deles apresenta um grau de esquizofrenia em comum, responsável por uni-los em torno de uma idéia que tanto pode ser disparatada, como não, dependendo da "loucura" do leitor.
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