A experiência fantástica de Albert Einstein
PublishNews, 06/02/2004
Em 1925, Albert Einstein esteve em terras tupiniquins e platinas. Minuciosamente planejada, a visita do maior cientista do século XX ao Brasil, Argentina e Uruguai foi fruto de intensas e longas negociações durante dois anos. Alfredo Tolmasquim, diretor do Museu de Astronomia e Ciências, no Rio de Janeiro, vem pesquisando esta viagem do físico há bastante tempo e, depois de checar informações na América do Sul, Alemanha e Israel, as reuniu no livro Einstein; o viajante da relatividade na América do Sul (Vieira & Lent, 256 pp., R$ 42). A obra, com oito capítulos, oborda desde os acordos políticos que envolveram intensamente a comunidade judaica até o enorme impacto na imprensa da época, resultado da grande movimentação social e científica que a viagem de Einstein produziu por aqui. O livro, ilustrado, ainda traz a tradução completa do diário de viagem, publicação inédita no mundo, e reproduz as principais palestras feitas por Einstein. A viagem, de navio, da Europa até a América do Sul, demorou mais de duas semanas. Suas primeiras impressões no Rio de Janeiro, no entanto, parecem ter apagado qualquer vestígio de cansaço: "Jardim Botânico, bem como flora de modo geral, supera os sonhos das 1001 noites. Tudo vive e cresce a olhos vistos, por assim dizer. Deliciosa é a mistura étnica nas ruas. Português-índio-negro com todos os cruzamentos. Espontâneos como plantas, subjugados pelo calor. Experiência fantástica. Uma indescritível abundância de impressões em poucas horas."
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