A obra de Gilberto Freyre ficou durante um largo período prisioneira do silêncio e sua recepção esteve comprometida por suas simpatias políticas. Hoje, o pensamento do sociólogo pernambucano começa a ser estudado de maneira mais criteriosa. A republicação de seus trabalhos é um dos indicadores do interesse renovado pela sua produção. É sob a inspiração dessas novas interpretações que Gilberto Freyre em quatro tempos (Editora Unesp / Edusc, 380 pp., R$ 49), organizado por Ethel Volfzon Kosminsky, Claude Lépine e Fernanda Arêas Peixoto, foi concebido. A obra reúne trabalhos apresentados na VII Jornada de Ciências Sociais, realizada na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, em Marília, em 2000, ano do centenário de nascimento do escritor. Os textos têm como objetivo repensar a ampla e variada obra de Gilberto Freyre e, no caso de alguns, contribuir para o desenvolvimento dos temas por ele tratados.