Abrir a Caixa Modernista (Imprensa Oficial do Estado, Edusp e Editora da UFMG) - que será lançada neste sábado, 22 de novembro, das 11 às 15h, na Pinacoteca do Estado de São Paulo - trará uma grande descoberta e uma agradável surpresa para pessoas de todas as idades: dentro, estão cerca de 30 itens, réplicas fiéis (e a maior parte inéditas) de livros, catálogos, fotos e documentos da Semana de 22, que estarão à disposição do público, embalados em uma caixa projetada pelo artista gráfico Cesar Hirata com a capa colorida de Paulicéia Desvairada, de Mario de Andrade, publicado em 1922. Fac-símiles desta obra e de Pau Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em 1925 pela editora francesa Au Sans Pareil, foram incluídos no pot-pourri modernista. O professor de literatura de pós-graduação da USP Jorge Schwartz, organizador da Caixa Modernista, considera a coleção uma espécie de museu portátil, uma síntese caleidoscópica de nossas vanguardas históricas: "Foram escolhidas obras primas das mais variadas áreas de nosso Modernismo, para representá-lo em sua pluralidade, especialmente das artes plásticas, da literatura e da música." Entre as raridades da Caixa Modernista, encontram-se documentos como o Programa da Semana Moderna de 22 (que pertencia à Anita Malfatti), o catálogo da mesma exposição, o convite e catálogo da exposição de Tarsila do Amaral na galeria Percier, em Paris, em 1926, e o primeiro número da Revista de Antropofagia (com direito ao Manifesto Antropófago) em maio de 1928.