Em tempo recorde, a editora carioca Revan lança o livro Cuba se defende (104 pp., R$ 27), de Fidel Castro. Entre abril e maio de 2003, as grandes cadeias da mídia internacional mobilizaram-se para repudiar o governo de Cuba, onde os tribunais haviam condenado a pesadas penas de prisão dezenas de opositores e a fuzilamento três homens que haviam seqüestrado um barco de passageiros. A partir destes acontecimentos, Cuba se defende traz a defesa que Fidel Castro fez do procedimento de seu país em três momentos: sua fala na TV cubana em 25 de abril, seu discurso no Ato de 1º de Maio em Havana e seu pronunciamento em Buenos Aires, nas escadarias da Faculdade de Direito, onde uma multidão se reunira inesperada e espontaneamente para ouvi-lo, no último dia 26 de maio. A brasileira Claudia Furiati, autora da consagrada e simpatizante biografia do líder cubano - Fidel Castro: uma biografia consentida (Revan, 804 pp., R$ 85) - faz a apresentação do livro, onde lembra o contraste entre a crítica mundial às prisões e aos fuzilamentos e a aclamação pública na capital argentina. Segundo ela, isso seria "mais uma das façanhas da história de um pequeno David contra um gigante Golias, alusão que tem se incorporado às narrativas da Revolução cubana ante o seu adversário-mor, o poder estadunidense".