Apanhadão: G7 decide taxar multinacionais em 15%
PublishNews, Redação, 07/06/2021
E mais: morrem o escritor Carlos Sussekind e o cineasta Paulo Thiago; pais de alunos de escola de SP alegam que versão em quadrinhos do Diário de Anne Frank tem conteúdo impróprio; e o prelo das editoras

A Revista Exame noticiou que o G7, grupo dos sete países mais ricos do planeta, chegou neste sábado (5) a um acordo histórico sobre a taxação de grandes multinacionais. Representantes do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, EUA e União Europeia se reuniram em Londres, chegando à conclusão que uma alíquota de 15% seria o ideal para a implementação de um imposto global mínimo para as grandes corporações. O movimento marca o começo do fim de uma era em que países competem entre si para oferecer os impostos mais baixos possíveis na tentativa de atrair os gigantes do mundo corporativo para os seus territórios. Com isso, empresas como Amazon, Google e Facebook manejam seu dinheiro em locais que cobram pouco ou nenhum imposto. A prática impediu que bilhões de dólares chegassem aos cofres públicos - o que, com a pandemia, começou a pesar ainda mais nas finanças nacionais.

O escritor Carlos Sussekind morreu aos 87 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Segundo suas filhas, ele morreu serenamente em casa, no dia 25 de maio. O autor e tradutor carioca tem como principal obra Armadilha para Lamartine (1975), que mistura sua própria biografia com o diário de seu pai, o ensaísta e jurista Carlos Sussekind de Mendonça (1899-1968).

Quem também faleceu foi o cineasta Paulo Thiago. O diretor de Policarpo Quaresma e Vagas para moças de fino trato estava internado desde o início de maio e tinha planos para um filme baseado na obra de Ferreira Gullar.

Depois de pais de alunos da Escola Móbile, em São Paulo, alegarem que a versão em quadrinhos do Diário de Anne Frank tem conteúdo impróprio, a Fundação Anne Frank se manifestou e classificou as acusações como “ultrajantes e ridículas”. Em posicionamento enviado à Veja São Paulo, a Fundação diz que entende que esse tipo de reflexão e a abertura sexual pareçam improváveis para uma jovem daquela época, mas que o pensamento de Anne Frank era incomum em muitos aspectos. “Ela tinha ideias muito visionárias sobre a independência feminina, os direitos das mulheres e a posição das mulheres na sociedade em geral”, e acrescentou que esse Diário completo está disponível desde 1991. A Editora Record, parceira da Fundação Anne Frank no Brasil, disse que a acusação de que a obra seria pornográfica e ofensiva à comunidade judaica é “totalmente infundada e descabida” e ressaltou que o título é adotado por centenas de escolas no Brasil e no mundo.

Ainda sobre o assunto, coluna Painel S.A, contou que a influenciadora e ex-DJ Pietra Bertolazzi, que criticou a versão em quadrinhos de Anne Frank vende obra em sua livraria. Ela disse ainda que vende outros autores que abomina. Sua livraria on-line recomenda livros contra o feminismo e vende cópias da camiseta usada por Bolsonaro na campanha no dia da facada em 2018, inclusive com um desenho da mancha vermelha de sangue na altura da barriga.

Matéria da APF reproduzida pelo Estadão anunciou que a megaloja de Harry Potter foi inaugurada em Nova York. A loja dedicada ao personagem Harry Potter tem três andares, 1.950 m² e dezenas de itens relacionados ao bruxinho de J.K. Rowling.

De olhos nos fãs de k-pop, editoras apostam na safra de livros asiáticos no Brasil. A matéria da Folha levantou que ao menos 26 títulos escritos ou protagonizados por orientais, a maioria deles juvenis, serão lançados entre 2021 e 2022. A aposta em livros com personagens de origem asiática acompanha o movimento do mercado internacional. A maioria deles já chega ao Brasil após ter ocupado listas de mais vendidos. A compra dos títulos raramente é feita de editoras asiáticas, mas de agentes literários norte-americanos ou europeus conhecidos, o que também impacta na produção da edição brasileira.

A coluna Painel da Letras, destacou que o fenômeno Sarah J. Maas faz a Record disparar no mercado de livros de fantasia. Sagas literárias com apelo adolescente levam a editora Galera a explosão de vendas durante a pandemia. Conforme conta Rafaella Machado, editora-executiva da casa, os livros da americana de 35 anos tinham vendido 500 mil exemplares de 2014 a 2019, e só no ano passado o número dobrou, alcançando a marca de 1 milhão de cópias.

O Correio Braziliense informou que um coletivo feminino criou biblioteca de troca de livros de autoras negras. A biblioteca é virtual e tem acervo com cerca de 200 livros de autoras negras sobre os mais variados assuntos e de diferentes gêneros literários. Para ter acesso ao serviço, basta acessar o site oficial do coletivo.

Em entrevista para o The New York Times, reproduzida no Estadão, E. L. James fala sobre seu novo romance, Livre, lançado agora em inglês e que chega ao Brasil pela Intrínseca no dia 18.

A Painel das Letras adiantou que o clube de leitura TAG vai enviar para seus associados uma obra inédita do moçambicano Mia Couto em julho para comemorar sete anos de atividades, e que a editora Agir se prepara para lançar em julho, o livro Minha Amy: a vida que partilhamos, que marcará os dez anos da morte da cantora.

A coluna da Babel também noticiou o prelo das editoras. A Todavia vai reeditar, a partir de 2022, dois romances do escritor e psiquiatra gaúcho Dyonélio Machado: Os ratos e O louco do cati. E os próximos autores da nova coleção Encruzilhada, da Cobogó, com coordenação de José Fernando Peixoto de Azevedo, são Leda Maria Martins, Denise Ferreira da Silva, Aimé Césaire.

No Dia do Meio Ambiente (05), o Estadão selecionou lançamentos de livros para crianças que falam sobre sustentabilidade.

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[07/06/2021 09:50:00]