Apanhadão: A nova Livraria da Travessa
PublishNews, Redação, 05/08/2019
E mais: Como as pequenas e médias livrarias estão driblando a crise; Ferréz fala sobre a literatura marginal; a homenagem de Geovani Martins para Ecio Salles

Na última semana, Ferréz, autor de livros como Capão pecado e Os ricos também morrem, deu uma entrevista para o argentino Clarín e falou sobre a literatura marginal, sobre seus novos projetos, contou histórias sobre a favela, ambiente onde nasceu e falou também sobre a importância de se vencer a guerra contra a violência criando leitores e escritores nas favelas de São Paulo. Ele participou, ao longo da última semana, da Feira de Editores de Buenos Aires.

A Livraria da Travessa abre sua primeira loja de rua em São Paulo nesta sexta (09) e o Estadão foi atrás para saber mais detalhes sobre a nova loja. Localizada na Rua dos Pinheiros, 513, a livraria terá 200 m² e apostará forte na curadoria. “Vamos investir no atendimento de qualidade e no acervo especial, pensando no público do bairro e com uma seleção aguda, mais rigorosa, por causa do tamanho”, contou Rui Campos ao jornal. A nova loja terá também cerca de 18 mil títulos, com livros de todos os gêneros e destaque para temas atuais, como política e feminismo, além de um mini café. “O cliente escolhe o que quer, faz o seu próprio café, se serve e paga na saída”, explicou Campos.

Falando em livrarias, o jornal também publicou uma matéria sobre como as pequenas e médias livrarias estão conseguindo driblar a crise e sobreviver. A matéria pegou como exemplos a Combo Café & Cultura, uma banca que virou livraria e já conseguiu atrair novos leitores e a Livraria Simples, e ainda citou outras livrarias mais conhecidas como Martins Fontes Paulista, Livraria da Vila e Leitura que conseguem se manter sempre cheias de visitantes.

Na coluna da Babel, destaque para a onda de livros políticos que tem chegado às livrarias e listas de mais vendidos. Um deles é a obra que a Todavia lança este mês, O cadete e o capitão: A vida de Jair Bolsonaro no quartel, de Luiz Maklouf Carvalho, e outra que prepara para setembro, O pêndulo da democracia, de Leonardo Avritzer. Nessa linha, a Estação Liberdade lança A Grande Regressão, livro organizado por Heinrich Geiselberger com textos que vão de Bauman a Renato Janine Ribeiro.

O Painel das Letras falou sobre a autora americana Natalia Ginzburg, que passa por uma redescoberta e que teve dois títulos comprados pela Companhia das Letras. O primeiro é Tutti i Nostri Ieri (todos os nossos ontens), que conta a história de duas famílias entre 1939 e 1944, desde a entrada da Itália na Segunda Guerra até a vitória dos aliados. Já o outro, Le Voci della Sera (as vozes da noite), se passa depois da guerra e é narrado por uma mulher que passeia pelo interior do país, enquanto ouve as reclamações da mãe sobre os vizinhos.

N’O Globo, Geovani Martins, autor da obra O sol na cabeça (Companhia das Letras) dedicou sua coluna ao escritor e produtor cultural Ecio Salles, que faleceu no último mês. No texto, Geovani diz “Mais do que um revolucionário, Ecio Salles foi uma revolução. De afeto, determinação, paciência e criatividade".

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[05/08/2019 06:00:00]