Tem mangá no pódio da Lista de Mais Vendidos do PublishNews divulgada nesta sexta-feira (6): One Piece 3 em 1 Vol. 1 (Panini) é o primeiro livro do gênero a ocupar uma posição tão alta na relação neste ano. Ele divide o pódio com O manual da mente humana (Vitrola), que faz sua estreia na Lista na primeira posição. Onde estão as flores (Buzz) completa o pódio. Logo atrás, vem o manual Novena e festa da Padroeira 2023 (Edições Santuário). A Lista contou as vendas em livrarias de 25 de setembro a 1º de outubro. O selo Arqueiro ajudou a colocar a Sextante em primeiro lugar no ranking das editoras. Em Não ficção, O livro secreto do escritor (Citadel), de Lilian Cardoso, e Manifesto antimaternalista (Zahar), de Vera Iaconelli, estão entre as novidades. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Ailton Krenak se tornou nesta quinta-feira (5) o primeiro autor indígena a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras em sua história. Ele foi eleito com 23 votos, contra 12 da historiadora Mary Del Priore e quatro para o escritor Daniel Munduruku. A eleição foi marcada por um desentendimento público entre Krenak e Munduruku, com discordâncias sobre a forma como os dois autores se inscreveram para a mesma vaga. Krenak vai a cadeira nº. 5, vaga desde o falecimento de José Murilo de Carvalho. "Ailton Krenak é escritor de renome e figura central no movimento literário indígena do país", disse a Academia nas redes sociais. "Sua voz é fundamental para o cenário atual, pois é elo entre a rica herança cultural e histórica dos povos originários e a literatura nacional. Esta eleição é um marco na ABL, que reafirma o seu compromisso em promover a diversidade e a inclusão na instituição e na literatura brasileira". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O ativista, pensador e escritor Ailton Krenak foi eleito nesta quinta-feira (5) como imortal na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, e em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que "centenas de línguas" entram junto com ele na instituição. Ele é o primeiro autor indígena a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras em sua história. Na Veja, outro candidato da eleição, Daniel Munduruku, falou sobre "cartas marcadas" do processo mas felicitou o colega. No Estado de S. Paulo, o presidente da ABL, Merval Pereira, destacou a busca por se ter a maior representatividade possível da cultura brasileira dentro da instituição. A Ilustrada publicou uma crítica do livro É a Ales (Companhia das Letras), obra de Jon Fosse recentemente lançada por aqui. A chegada da Audible no Brasil também gerou bastante repercussão. Na coluna Painel das Letras, Walter Porto fala sobre a força da Amazon para fazer com que o audiolivro "vingue" no Brasil. O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem em que convidou especialistas a responderem qual a mudança no mercado de audiolivros com a chegada da empresa. No jornal O Globo, o jornalista Pedro Doria escreveu a coluna O que a Audible tem, e detalha mais sobre a dimensão da empresa recém chegada e a sua competitividade diante de outros serviços de audiolivro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A jornalista ambiental britânica e autora de não ficção Gaia Vince será a oradora principal na conferência de imprensa de abertura da Feira do Livro de Frankfurt, na terça-feira (17), às 11h no Pavilhão do evento. No seu livro Nomad Century (Penguin Books – sem publicação no Brasil) a premiada jornalista científica contextualiza dois dos maiores desafios sociais: a crise climática e os fluxos migratórios globais. Vince faz a sugestão de encarar a migração não como um problema, mas como parte da solução para um drama mundial. A tarefa que temos em mãos, argumenta ela, é encontrar uma resposta politicamente pragmática e humana ao fato de que nas próximas décadas as alterações climáticas forçarão muitos milhões de pessoas a deixar os seus países de origem no Sul Global. “Convidamos palestrantes para a conferência de imprensa de abertura da Feira de Frankfurt cujos livros abordam questões sociais urgentes. Nos últimos anos, figuras como a vencedora do Prémio Nobel da Literatura Olga Tokarczuk (2019), Mohsin Hamid (2022), Chimamanda Ngozi Adichie (2018) e Salman Rushdie (2015) partilharam as suas opiniões sobre a atualidade. Eles forneceram o que pensar e expandiram nossos horizontes”, explica Juergen Boos, diretor da feira. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Após o lançamento da 4ª Residência Literária Flipoços Camões, do 1º Encontro de Influenciadores Digitais, o festival mineiro agora anuncia o 2º Prêmio Flipoços para Escritores Independentes. O concurso vai premiar obras literárias na categoria Ficção/Romance. A participação no concurso é voluntária, gratuita e aberta aos escritores de todo país.O período de inscrição vai até o dia 31 de janeiro de 2024 e os escritores deverão inscrever apenas as sinopses dos livros, as quais estarão disponibilizadas para acesso do público que poderá votar na melhor obra, de forma on-line pelo site do Festival. A premiação será a impressão dos livros vencedores com a gráfica parceira Renovagraf. Informações, acesso ao edital e inscrições podem ser obtidas no site do Flipoços. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Carochinha Editora, especializada em livros infantis, abriu uma vaga para analista comercial. É preciso ter Domínio do pacote Office; desejável grau avançado de conhecimento de Excel; facilidade para lidar com público e trabalhar em equipe; desejável experiência com cadastro e manutenção de marketplaces e experiência no segmento editorial ou educacional; desejável experiência em programas de governo (PNLD); e ter disponibilidade de horários para trabalhar em fins de semana e feriados, de acordo com a demanda. As funções do cargo incluem atuar na prospecção de novos clientes, especialmente escolas, prefeituras e secretarias; atuar junto ao departamento de marketing na criação de campanhas institucionais e promocionais, bem como naquelas ligadas a programas governamentais; atuar em tarefas como faturamento, atendimento a pedidos e controle de consignações; atuar no atendimento e no relacionamento com escolas, divulgadores escolares e curadorias de clubes de leitura; e na organização e na análise de relatórios e planilhas de resultados em geral. A vaga é PJ, com ajudas de custos para locomoção e alimentação e o trabalho é híbrido. Interessados devem encaminhar currículos para vagas@carochinhaeditora.com.br.

Depois de um recesso de três meses, o PublishNews em Espanhol está de volta e agora se junta à família Lantia Publishing, responsável também pela Publishers Weekly em Espanhol. Em nota no site espanhol, Enrique Parrilla, diretor geral da Lantia, destacou que a parceria permite combinar talentos e recursos. "Lorenzo Herrero volta à frente de uma equipe global disposto a cobrir acontecimentos em tempo real. Nossa newsletter vai se fortalecer ao integrar-se a um ecossistema mais amplo que abarca toda a indústria criativa", disse. Criado em 2018 por Carlo Carrenho e Antonio Martín com a missão de integrar a indústria editorial "hispanoablante", o veículo fez sua estreia na Liber2018, e desde então seguiu levando para seus 15 mil assinantes, notícias da indústria editorial de língua espanhola, também com uma newsletter diária. O PublishNews em Espanhol não tem, atualmente, relação com o PublishNews brasileiro.

Em parceria com a Companhia das Letrinhas, A Casa Tombada – Lugar de Arte, Cultura e Educação homenageia Maurice Sendak – autor da trilogia Onde vivem os monstros (1963), Na cozinha noturna (1970) e Lá fora logo ali (1981) – com a realização do "Ciclo de Estudos Maurice Sendak, seus terríveis rugidos e as crianças", nos dias 9, 10 e 11 de outubro, online e gratuito. “Sendak é considerado referência no campo do livro ilustrado, da literatura e da educação, mas ele e sua trilogia são citados até em estudos de psicologia. O autor é um marco, é estudado e referenciado, tanto na forma quanto no conteúdo, ou seja: tanto no jeito de relacionar as palavras e as imagens, quanto nos temas que ele levava para as histórias”, comenta Cristiane Rogerio, curadora e mediadora do Ciclo, ao lado de Clara Gavilan. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em 2023, a Odisseia de Literatura Fantástica regressa ao formato presencial, com a presença de autores e autoras de diversas localidades do país. Mais de quarenta convidados, ao longo de dois dias, irão debater, discutir e divulgar a fantasia, o horror e a ficção científica que são produzidos no exterior e no Brasil. Nos dias 07 e 08 de outubro, a Odisseia é sediada na Biblioteca Pública do Estado do RS (Rua Riachuelo, 1190 – Rio Grande do Sul / RS) e contará com feira de livros e também com bate-papos literários. Além disso, será lançada para distribuição gratuita a revista número 1 da Odisseia de Literatura Fantástica, editada por Duda Falcão e capa ilustrada por Vinícius Dullius, com a publicação de contos inéditos de autores brasileiros, entre outras atrações. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Balão Editorial lançou uma nova campanha de financiamento coletivo pelo Catarse para publicação de duas novas obras infantis: O passeio com meu cachorro e um livro duplo, Os gatos, de James Joyce. O livro O passeio com meu cachorro nasceu de uma brincadeira entre os editores e autores Guilherme Kroll e Carla Bettelli com sua filha Alice. Carla achou o momento tão divertido que decidiu botar as ideias no papel. Em conjunto, os três narraram um passeio com o cachorro da família repleto de acontecimentos: alguns bem comuns, outros, inacreditáveis. Ilustrado por Bruno Nunes, o livro narra um passeio com o cachorro repleto de acontecimentos: alguns bem comuns, outros, inacreditáveis. O escritor irlandês James Joyce é conhecido principalmente pelo seu livro Ulysses, um dos mais importantes romances da literatura universal. Além de outros romances, contos e poemas, Joyce escreveu duas cartas ao neto em que inventava histórias sobre gatos: O gato de Beaugency e Não tem gatos em Copenhague. A edição flip-flop da Balão traz os dois contos traduzidos por Lielson Zeni e ilustrados por Denny Chang. A campanha no Catarse tem mais 14 dias de duração e até o fechamento desta nota, o projeto arrecadou 42% da meta. Clique aqui para apoiar o projeto.

A CCXP23 anunciou a participação inédita do premiado quadrinista norte-americano Box Brown. Ele estará presente em todos os dias do evento no Artists' Valley by Bis, em uma parceria da CCXP com a Editora Mino. A programação detalhada do convidado será disponibilizada posteriormente no site oficial da CCXP23. Listado entre os mais vendidos do The New York Times, Box Brown é reconhecido por obras de não-ficção em quadrinhos como André, o Gigante, Tetris, Cannabis e Efeito He-man, este último representando uma análise abrangente sobre a influência e os efeitos que o mercado de brinquedos teve na formação de gerações a partir da década de 1980. Além disso, Brown é vencedor do prestigioso Prêmio Eisner, o prêmio mais cobiçado na indústria de histórias em quadrinhos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

“Era o final dos anos 80, e tudo isso era normal. Pessoas levavam a filha das outras para casa sem avisar, crianças passeavam na caçamba dos carros, ninguém usava cinto de segurança, ansiedade era coisa que se curava com chinelada e/ou benzedura. E o mais maluco de tudo: existia uma bala assassina, a terrível e deliciosa bala Soft.” Nesse universo tão real quanto imaginativo, Natalia Borges Polesso apresenta em Foi um péssimo dia (Dublinense, 96 pp, R$ 54,90) duas histórias que trazem um olhar sensível sobre a passagem da sua própria infância para a adolescência. A relação com o irmão mais novo, o possível divórcio dos pais, os afetos pelas amigas e até a melhor forma de manejar um tchaku: tudo pode rapidamente se transformar em dilemas e inseguranças. À medida que as situações vêm à tona, a pequena Natalia vai descobrindo que compreender sentimentos é tatear no escuro e que aprender a tratar das próprias complexidades pode ser justamente o que faz ecoar a individualidade. Nas próximas semanas, Natalia lança a obra em diversos eventos: no dia 14/10 na Feira do Livro de Caxias do Sul; 19/10 na Feira do Livro de Canoas; 25/10 em São Paulo (Livraria da Travessa de Pinheiros); na Feira do Livro de Porto Alegre no dia 7/11; e, por fim, de 22 a 26/11 em Paraty, programação paralela da Flip.

A história de um escritor que sucede Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras e depois desaparece é pretexto para Maurício Melo Jr. tecer uma trama entre o humor e a metalinguagem para falar de livros, literatura e do meio literário brasileiro - em especial - os meandros da ABL, que conhece muito bem, por ter dirigido a série de documentários “Histórias de Acadêmicos”, exibida na TV Senado. Na obra, o escritor Alberto Castelli renuncia à glória e à carreira após um discurso inesperado em sua posse, na Casa de Machado de Assis, no qual desdenha a honra que lhe foi legada. Anos depois, o jornalista Juarez Castro resolve ir atrás do escritor desaparecido para desvendar seu mistério e escrever sua biografia. Usando técnicas de romance policial mescladas ao seu conhecimento do meio literário, em Sujeito oculto (Patuá, 94 pp, R$ 50), Maurício Melo Júnior diverte e faz refletir sobre os círculos de relações e interesses que permeiam qualquer profissão – até mesmo a de escritor.

As pequenas chances (Todavia, 208 pp, R$ 69,90) traz uma indagação cortante sobre família, lembrança, judaísmo, vida e morte. Natalia Timerman segue a trilha de autores como Karl Ove Knausgård e Annie Ernaux ao criar um poderoso retrato do luto e do amor. Enquanto aguarda um voo, Natalia encontra o médico de cuidados paliativos que atendeu seu pai, Artur. A conversa desperta nela toda a experiência da perda, ainda próxima e repleta de cicatrizes. Artur era médico, então a notícia da volta do câncer vem seguida da certeza da finitude. A morte vira um assunto de família, e o leitor acompanha com rara delicadeza não apenas o seu declínio físico, mas seus efeitos na vida dos filhos, da esposa e dos netos. À narradora cabe reconstruir todo esse caminho que, embora dramático, vem carregado pela ternura da memória. Timerman estará na Flip, na programação principal. Já publicou também as obras Rachaduras (Quelônio, 2019), finalista do prêmio Jabuti, e Copo vazio (Todavia, 2021).

“Um país que não conhece a sua história está fadado a repeti-la”. A frase do filósofo irlandês Edmund Burke (1729-1797) sobrevoa o romance A face mais doce do azar (Claraboia, 136 pp, R$ 64,90), de Vera Saad, mestre Literatura e doutora em Semiótica pela PUC-SP. Ainda que não fosse uma história bela, sóbria, docemente triste, e muitíssimo bem escrita, a obra teria valor por trazer à memória dos viveram e informar àqueles que não haviam nascido, a desdita dos brasileiros ao fim da ditadura: a morte de Tancredo Neves antes mesmo de assumir a presidência sucedida pela eleição de Fernando Collor de Mello, que confiscou as poupanças da população. A bibliografia ao fim do volume mostra o quanto Vera pesquisou para redigir a obra. Mas o que se lê não é um romance histórico e sim, a vida pelo olhar da adolescente Dubianca, ou Dubi, cujos sonhos e anseios vão se desmanchando junto com as desventuras de sua família – uma típica família da classe média brasileira. A falência da loja que traz o sustento, a doença e o desaparecimento do pai, o casamento da mãe com Alex Dipp, personagem marcante cujas intenções vão se revelando ao longo da narrativa.