A Feira do Livro de Frankfurt anunciou nesta segunda (2) que o país convidado de honra da sua edição de 2026 – marcada para ocorrer de 7 a 11 de outubro – será a República Tcheca. O diretor da Feira, Juergen Boos, e o ministro da Cultura tcheco, Martin Baxa, assinaram o acordo oficial em uma cerimônia realizada hoje em Praga. Assim, o país ganhará destaque na 78ª edição da maior feira do setor. “Estou muito satisfeito que a República Tcheca apareça como Convidada de Honra do Feira de Frankfurt em 2026”, disse Boos. “Estou especialmente satisfeito com o tema da presença do país na feira: Tchéquia – Um país no litoral. É uma descrição marítima de um país sem litoral da Europa Central. Chama a atenção, estimula a imaginação – muito além do tema literário da Boémia à beira-mar. Esperamos também um programa de Convidados de Honra apresentando literatura contemporânea representada por autores como Radka Denemarková, Jáchym Topol e Kateřina Tučková. Outro foco do programa: a perspectiva cultural e literária de um país situado no coração da Europa Central", adiantou. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Podcast do PublishNews desta semana traz a entrevista com Marifé Boix García, vice-presidente da Feira do Livro de Frankfurt para a América Latina e Sul da Europa, para a Sabatina #18. Marifé falou das tendências e ações programadas para a Feira do Livro de Frankfurt 2023, que será realizada de 18 a 22 de outubro, e sobre o que as editoras e outras empresas brasileiras podem esperar do maior evento do mercado editorial global. Ela elogiou as iniciativas brasileiras de internacionalização do livro, detalhou um pouco a programação voltada ao continente latinoamericano na Feira e destacou os temas de sustentabilidade, audiolivros e inteligência artificial para o setor editorial. A Feira do Livro de Frankfurt chega à sua 75ª edição neste ano. Marifé também reconheceu que a Feira passou a ter um posicionamento ainda mais político nos últimos anos, frente à Guerra da Ucrânia e à pandemia. Clique no Leia mais para ouvir o episódio na íntegra.

A cobertura de livros na Folha de S. Paulo neste fim de semana teve destaque. Na Ilustríssima, Gustavo Zeitel resenhou o novo livro de Eucanaã Ferraz, Raio (Companhia das Letras), e o caderno também publicou uma entrevista com Flavia Rios, uma das organizadoras do recente Dicionário das relações étnico-raciais contemporâneas (Perspectiva). A coluna Painel das Letras noticiou que a Perspectiva vai inaugurar uma nova coleção com livros de crítica literária de literatura infantojuvenil. O jornal também publicou resenhas sobre as novas edições de livros de Agustina Bazterrica, Jorge Baron Biza, Alejo Carpentier e uma entrevista com Bruna Beber. N'O Globo, autores brasileiros como Reinaldo Moraes, Samir Machado de Machado, Bruna Kalil Othero e Natalia Borges Polesse falaram sobre como escrever sobre sexo atualmente. No Estadão, na coluna 1 Livro por Semana, Maria Fernanda Rodrigues indicou os contos de As velhas (Jandaíra), de Adilia Belotti. Na Coluna Literária, do Jornal Commercio, Fabio Lucas falou sobre a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que começa sua edição 2023 nesta sexta-feira (6). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Neste final de semana, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip – 22 a 26/11) confirmou mais dois autores no seu programa principal. O primeiro é Kelefa Sanneh, crítico cultural e musical e autor de Na trilha do pop: A música do século XX em 7 gêneros (Todavia), que conta a história da música popular dos últimos 50 anos por meio dos grandes gêneros que a definiram. Prestigiado jornalista da revista New Yorker, Sanneh se dedicou profundamente ao gênero pop nos últimos anos. O segundo nome é a ilustradora alemã Nora Krug. Ela é autora de Heimat: Ponderações de uma alemã sobre sua terra e história (Quadrinhos na Cia), que conta a história de sua família, fazendo uma revisão crítica à atuação de seus antepassados na Segunda Guerra e questionando sua identidade e seu pertencimento diante disso. Professora associada de ilustração na Parsons School of Design, em Nova York, Nora ganhou o National Book Critics Circle Award em 2019 na categoria Autobiografia. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Flipoços, em colaboração com o Camões – CCP Brasília e com o apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), lança mais uma edição da Residência Literária. Idealizado pelo Festival Literário Internacional de Poços de Caldas, o projeto visa dar continuidade aos intercâmbios culturais e relacionamento entre Portugal e Brasil, através da Literatura que o Flipoços vem promovendo há mais de 15 anos ininterruptos com a presença de autores e autoras portugueses no Festival e com a promoção da literatura brasileira em Portugal com a presença de convidados brasileiros em Festivais portugueses. Autores interessados devem se inscrever até 20 de novembro clicando aqui. Lembrando que o projeto é valido somente para escritores e escritoras portugueses residentes em Portugal e que tenham pelo menos uma obra editada no Brasil. O edital completo você encontra aqui. O resultado será divulgado em 30 de janeiro de 2024. Em 2023, a autora selecionada para a Residência Literária, foi a poeta Judite Canha Fernandes, que inclusive lançou no evento o livro Cartas de amor ao pesadelo, pela Editora Urutau. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O principal centro cultural da cidade de Paraty, a Casa da Cultura, vai receber, de 22 a 26 de novembro, durante a próxima Flip, uma programação literária especial, com curadoria da revista Quatro Cinco Um. A parceria permitirá a realização de nove debates com entrada gratuita, com alguns dos destaques da literatura brasileira ocupando o auditório da Casa nas tardes de quinta a sábado. Segundo Cristina Maseda, superintendente executiva da Casa da Cultura, “esta é uma importante e inovadora parceria para ampliar a atuação da instituição no diálogo entre suas formas de expressão tradicionais e contemporaneidade de onde vem toda a diversidade cultural de Paraty”. O editor Paulo Werneck, diretor de redação da Quatro Cinco Um, afirma que a programação vai ter a pluralidade e a bibliodiversidade como nortes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Fundado em setembro de 2014 pelos artistas Roger Mello e Volnei Canônica, o Instituto de Leitura Quindim celebra nove anos de história. Nesse tempo, realizou mais de 120 ações nacionais e 30 internacionais, num espaço que é biblioteca, ateliê artístico, sala de exposições, espaço cultural e centro de estudo e pesquisa. Em 2020, o local foi declarado de utilidade pública pela Lei Municipal nº 5.861/20 devido ao importante trabalho realizado: o de garantir o direito à educação e à cultura, por meio da formação de leitores e da promoção do livro, da leitura, da literatura e das bibliotecas de serviços públicos no Brasil e no Exterior. “Quando idealizei o Instituto de Leitura Quindim já sabia que ele seria um espaço para estimular reflexões sobre a formação de leitores, porque ainda temos bibliotecas e projetos de leitura que não acompanham as demandas da sociedade”, conta Volnei, também colunista do PublishNews. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O sociólogo, crítico literário e professor Antonio Candido foi, certamente, um dos nomes mais importantes do século XX a sistematizar e interpretar a literatura brasileira. A Escrevedeira reuniu quatro estudiosos da literatura em um curso para explorar, cada um, um livro de Candido dentre os que vêm sendo republicados pela editora Todavia. O curso começa no dia 11 de outubro e vai até 1º de novembro, com Samuel Titan Jr., Rita Palmeira, Ana Paula Pacheco e Milena Britto. Os encontros são virtuais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O mês de outubro marca o início de uma importante campanha de conscientização global com o outubro rosa. Em razão disso, a Biblioteca Parque Villa-Lobos – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela SP Leituras – recebe ações de conscientização sobre a doença. Até o dia 22 de outubro, o Coletivo Pink promove uma série de atividades voltadas para a educação e sensibilização sobre o câncer de mama. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Jovem expoente da gastronomia contemporânea brasileira, João Diamante é protagonista de uma história de superação e resiliência, mas também exemplo de transformação para além de si. Nascido na Bahia e criado no complexo do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o chef traz no nome o seu propósito no mundo: lapidar o próprio brilhante e construir caminhos para que outros jovens em situação de vulnerabilidade social também possam brilhar. Misto de biografia, escrita por Simone Mota, e livro de culinária, Receita de diamante: Histórias e receitas do chef João Diamante, publicado pela Malê, percorre a trajetória de um brasileiro típico, um homem cuja origem se assemelha à de 80% da população do país. Preto e pobre, ele passou por diversas dificuldades sociais e econômicas, mas jamais desistiu. A perseverança para superar as adversidades valeu a pena e Diamante, aos 32 anos, coleciona conquistas jamais imaginadas pelo menino que precisou trabalhar ainda na infância. O lançamento será nesta segunda-feira (02), a partir das 19h, na Janela Livraria do Shopping da Gávea (Rua Marquês de São Vicente, 52, terceiro piso, Loja 368), no Rio de Janeiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Flores modernas (Janela Amarela, 270 pp, R$ 78,80), obra originalmente publicada em 1921, foi o primeiro romance escrito por Chrysanthème, pseudônimo de Maria Cecilia Moncorvo Bandeira de Melo Rebelo de Vasconcelos (1869-1948). Passado no Rio de Janeiro na década de 1920, a obra aborda temas que fogem do conforto e do bem-estar, numa denúncia dos sofrimentos vividos pelas mulheres e dos julgamentos sociais. Suas personagens femininas, que já não encontram sintonia com o sistema patriarcal, buscam a liberdade e a individualidade, mas ainda confinadas à moral de sua época. O livro se debruça na trajetória de três mulheres e como cada uma buscou a liberdade e individualidade quando a moral da época ainda era patriarcal. Junto com Flores modernas, a Janela Amarela também lança Matar (150 pp, R$ 46) que fala sobre temas com assédio, abuso e suicídio, tendo sempre como foco principal a mulher.

No fim do século XIX, Ébano e José se apaixonam, se casam e têm um filho. Ela é uma mulher negra alforriada, que conseguiu estudar, e ele, um jovem imigrante português, que atravessou o Atlântico escondido em um navio. O amor do casal, no entanto, sofre um boicote silencioso, motivado pelo racismo, que desestabiliza o pequeno negócio familiar. Dois séculos depois, essa história se cruza à de Maria Antonieta, uma mulher “branca” e rica, que se apega à figura da trisavó baronesa para destilar preconceitos de cor, raça e classe àqueles que não comungam de seus privilégios. Ébano sobre os canaviais (Record, 240 pp, R$ 59,90), romance de Adriana Vieira Lomar, oferece a imagem de um país que se torna mais forte à medida que se aproxima de sua identidade — sua gente, sua história e sua cultura —, e não se dobra à visão colonizadora do outro. A obra foi vencedora do Prêmio Kindle de Literatura 2022.

Em A bibliotecária dos livros queimados (HarperCollins, 386 pp, R$ 59,90 – Trad.: Alda Lima) de Brianna Labuskes, a romancista Althea James é convidada pelo próprio Joseph Goebbels para um intercâmbio cultural em Berlim. Desfrutando de uma estada agradável, ela é surpreendida quando conhece um grupo que lhe apresenta a verdadeira cidade por trás das aparências e que a faz se juntar à Resistência. Em 1936, com o avanço da ofensiva nazista, Hannah Brecht deixa a Alemanha quando o irmão é preso e levado para um campo de concentração. Na França, ela se dedica à Biblioteca Alemã da Liberdade, onde vê a oportunidade de lutar contra a censura dos livros uma vez queimados pelos nazistas. Oito anos mais tarde, não imaginava que essa batalha ainda estaria longe de se encerrar. Em 1944, nos Estados Unidos, a publicitária Vivian Childs tem como objetivo impedir que um senador censure e encerre o programa que envia livros a soldados. E, entre as pilhas de livros e narrativas preservadas, as vidas dessas três mulheres se cruzam — e são mudadas para sempre.

Hamburgo, 1919. Henny e Käthe, amigas desde a infância, sonham tornar-se parteiras e acabam de iniciar a sua formação. Henny deseja deixar de viver na sombra da mãe, e a rebelde Käthe, convicta comunista, está apaixonada por um jovem poeta. Outras duas mulheres cruzarão seus caminhos: Ida, rica e mimada, filha de um importante empresário falido que pretende casá-la com um herdeiro rico; e Lina, uma jovem e humilde professora, que guarda um segredo do passado. As quatro amigas tornam-se inseparáveis e, apesar das suas diferenças, crescem e enfrentam juntas os golpes e as alegrias do destino, a transformação do mundo, o fim das liberdades e a chegada da terrível ameaça nazista. Grandes e pequenos feitos que ficarão para sempre ligados pelo elo da amizade. Filhas de uma nova era (Planeta, 496 pp, R$ 89,90 – Trad.: Ana Maria Pinto da Silva) é uma saga emocionante escrita por Carmen Korn que fala sobre liberdade, amor e coragem que através de uma geração de mulheres que não se deixou arrastar pelas circunstâncias que lhes calharam em sorte, nos narra a fascinante história do século XX.