Os padres best-sellers do mercado editorial brasileiro – Reginaldo Manzotti e Marcelo Rossi – voltaram à Lista de Mais Vendidos do PublishNews, que nesta semana contabilizou as vendas em livrarias entre os dias 17 a 23 de julho. Amorização (Planeta), do Padre Marcelo Rossi, aparece pela primeira vez na relação, enquanto que Nunca foi segredo (Petra), de Manzotti, se destaca na segunda posição geral. O top 5 não apresenta novidades: no topo, segue 7+1 passos para conquistar o que mais sonhou (Gente), de Luiz Hota, e em terceiro lugar, Café com Deus pai (Vida), de Junior Rostirola, seguido por A biblioteca da meia noite (Bertrand Brasil), de Matt Haig, e Mais esperto que o diabo (Citadel). A Gente – que aparece em segundo lugar no ranking das editoras, atrás apenas do Grupo Companhia das Letras – emplacou ainda O poder do ânimo, de Maurício Souto, na categoria Autoajuda. Outro escritor que marca agora seu retorno à Lista de Mais Vendidos é André Vianco, com o livro À deriva (Lucens). O livro é uma continuação de A noite maldita – que também aparece na Lista – e se passa em parte numa São Paulo que foi tomada por vampiros. Já em Não ficção, Oppenheimer (Intrínseca), de Kai Bird e Martin J. Sherwin, faz sua estreia. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O erro da editora Companhia das Letras que acabou deixando seus autores de fora do Prêmio São Paulo de Literatura 2023 tem repercutido no mercado editorial e além (Patuá, Quelônio, Giostri e Scortecci também tiveram livros desclassificados por motivos semelhantes neste ano). A Companhia publicou nas redes sociais um pedido público de desculpas no qual admitiu que por um erro interno o envio dos materiais impressos não ocorreu dentro do prazo. A editora frisa ainda que reconhece que a falha causa impacto na vida e carreira dos seus autores. Apesar das retratações e das diversas opiniões e comentários de autores e leitores sobre o assunto, não é a primeira vez que editoras cometem o erro ou que livros deixam de participar de prêmios literários por outros motivos. Em 2011, por exemplo, todos os autores da Rocco ficaram de fora do Prêmio Portugal Telecom (atual Oceanos) – entre eles Silviano Santiago, Patrícia Melo, André de Leones e Adriana Lisboa. E em 2014, outro caso: a Prumo/Rocco também não inscreveu a obra Terminália, de Roberto Taddei, no Prêmio São Paulo. Já em 2017, foi a vez da Record não inscrever a obra Ferrugem, de Marcelo Moutinho, no Prêmio Oceanos. Só restou mais uma vez o pedido de desculpas público, no qual a casa alegou um erro no cadastramento da obra. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

É neste sábado (29) a segunda edição do Elas Publicam: Encontro de mulheres do mercado editorial. Das 8 às 18h, o evento reunirá em Campinas, no Centro de Convenções do Praça Capital (Av. José Rocha Bomfim, 214 – Campinas / SP) mulheres de diversas áreas do mercado editorial para falar sobre temas atuais. A mão de obra feminina é maioria no setor editorial – não só no Brasil – e criar oportunidades para trocas de conhecimentos e experiências pode ajudar profissionalmente, além de criar uma rede de apoio necessária. “No Escreva, Garota!, eu já reunia escritoras em um espaço de troca e aprendizado. Mas, queria ir além, criando também um movimento que envolvesse tantas outras mulheres do mercado editorial: tradutoras, revisoras, editoras, ilustradoras... O Elas Publicam nasceu com objetivo de incentivar o networking entre essas profissionais”, explica Lella Malta, escritora, produtora cultural e idealizadora do projeto. “Incentivamos a escrita e a publicação de mulheres, o empreendedorismo feminino no mercado editorial, a profissionalização do setor”, completa. A segunda edição do evento terá nomes como Debora Rendelli (editora da Urutau), Mari Mortani (roteirista e tradutora literária), Cynthia Müller (comercial da Planeta de Livros), Mariana Martins (proprietária da Transpo Express), Cláudia Machado (da Catavento Distribuidora), Maria Carolina Borin (comercial da editora Fósforo), entre outras. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Estado de S. Paulo publicou uma nota sobre a primeira postagem do economista e professor Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), após sua nomeação receber críticas nos jornais brasileiros. Pochmann publicou a capa do livro O professor é o inimigo: uma análise sobre a perseguição docente no Brasil (Mórula Editorial) e escreveu: "Interessante abordagem de como opera a coalizão neoconservadora". Na Folha de S. Paulo, uma matéria reuniu os grupos de intelectuais negras que criam espaços de pesquisa e de acolhimento em São Paulo e no Rio. Dentre alguns exemplos estão a Casa Escrevivência, de Conceição Evaristo, que agora se junta às iniciativas Casa Sueli Carneiro e Espaço Feminismos Plurais, de Djamila Ribeiro. O G1 noticiou a chegada de livros de autores piauienses na Biblioteca do Congresso Americano, considerada a maior do mundo. Saiu lá também uma notícia sobre o livro sagrado indiano que influenciou o cientista Robert Oppenheimer. O Globo falou sobre o papel da banca no Humaitá como espaço dedicado às crianças, com o lançamento de livros infantis e sessões de autógrafos dos autores. Já o Guia do Estudante listou 6 livros de autores brasileiros contemporâneos para compreender as distintas realidades do país. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Prêmio Barco a Vapor divulgou nesta quinta-feira (27) os finalistas da sua 19ª edição, entre eles, Daniel da Rocha Leite, Bruno Molinero e Vanessa Ratton. O prêmio é promovido pela Fundação SM nos nove países onde o Grupo SM atua: Brasil, Chile, México, Argentina, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, Peru e Espanha. A Fundação é o braço do Grupo SM responsável pela realização do concurso. A iniciativa, que surgiu na Espanha em 1978, visa revelar novos autores, estimular a criação literária nacional e propiciar aos jovens leitores o acesso a textos inéditos e de qualidade. Além de R$ 40 mil, o vencedor tem seu livro publicado na coleção Barco a Vapor, da SM. No Brasil, o Prêmio existe desde 2005 e é considerado um dos mais importantes do país no âmbito da literatura infantojuvenil. Clique no Leia mais para ver a lista completa de finalistas.

A Thomas Nelson Brasil está em busca de um estagiário editorial, para atuação em São Paulo. Para se candidatar, é necessário ser estudante de Produção Editorial, Letras ou Jornalismo, ter domínio do Pacote Office e noções básicas de Adobe. Também é desejável que o candidato tenha excelente conhecimento de português e inglês avançado, principalmente escrito, e que seja organizado e tenha facilidade em lidar com pessoas, além de ter familiaridade com livros cristãos. O estagiário vai auxiliar os editores no preenchimento das propostas editoriais para conselho, acompanhar os trabalhos realizados por fornecedores, assistir o editor na preparação de fichas de transmissão de projeto, além de solicitar e coordenar o controle de ISBNs e garantir que todo o material necessário para as outras áreas estejam disponíveis no prazo estipulado. Interessados podem se inscrever clicando aqui.

Num mundo em que a informação constitui ativo relevante e de rápida e altíssima circulação, conduzida pelos meios tecnológicos, a regra é a da transparência dos dados, principalmente os públicos. A Constituição brasileira prega o acesso do cidadão aos atos e registros administrativos, ressalvada as questões de privacidade e sigilo imprescindíveis à segurança da sociedade. São exceções à regra da publicidade, por exemplo, o sigilo de correspondência, de votação, tributário, e de alguns documentos, segundo a Lei Nº 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. A Constituição Federal estipula também que todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentados, sob pena de nulidade, com a possibilidade de se limitar o acesso, excepcionalmente, em casos de violação da intimidade e desde que não prejudique o interesse público. A Lei citada acima “dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações”, tendo como diretriz “a observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção”. Poderia existir, no âmbito das informações, uma figura quadrada em que cada lado representaria um conceito: liberdade de expressão, privacidade, publicidade e sigilo por interesse público. No meio dessa figura, se movimentariam os direitos do cidadão e da sociedade. Clique no Leia Mais para ler o artigo na íntegra.

O Museu do Futebol (Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo / SP) está com inscrições abertas para a Copa Literária – Encontro de Publicações do Universo do Futebol em Edição Futebol de Mulheres. O evento está marcado para o dia 8 de agosto, às 19h, no auditório do Museu. Podem se inscrever autoras e autores com qualquer obra literária sobre o tema. Para se inscrever e participar do encontro de publicações, basta preencher o formulário disponível em: is.gd/CopaLiteraria23 até o dia 31 de julho. E vale de tudo: desde um livro a poema, revista, artigo, HQ, escritos e publicações em outros formatos que abordem como tema principal o futebol de mulheres. A ideia é promover e incentivar obras literárias sobre o assunto e cada autor terá microfone aberto de três a cinco minutos para apresentação de sua produção literária. Além disso, durante a Copa Literária, vai ocorrer o lançamento do livro Women’s Football in Latin America Social Challenges and Historical Perspectives (Futebol Feminino na América Latina Desafios Sociais e Perspectivas Históricas), com organização de Ana Kazz e Jorge Knijnik. A obra reúne diversos artigos sobre o futebol feminino brasileiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em sua busca por evidenciar o terror da violência racial presente na sociedade brasileira, o diretor e dramaturgo José Fernando Peixoto de Azevedo vem há anos trabalhando com o conto Pai contra mãe, publicado por Machado de Assis em 1906. Assim, nasceu o solo Ensaio sobre o Terror, que faz sua estreia no Teatro Aliança Francesa (Rua Gen. Jardim, 182 – São Paulo / SP) nesta sexta-feira, dia 28 de julho de 2023, e segue em temporada até 10 de setembro, com sessões às sextas e sábados, às 20h30, e, aos domingos, às 18h30. A cena lida com o modo como Machado aborda o espancamento e a captura de uma mulher negra na rua. O público tem notícias de um casal branco, muito branco, como indicam seus nomes – Cândido e Clara Neves. Os dois são pobres e, por isso, Cândido vive de pequenos bicos. Um deles é o de caçar escravizados fugidos. O casal, quando engravida, tomado pela miséria, precisa deixar o filho na Roda dos Enjeitados. Ao fazer este caminho pesaroso rumo à entrega do bebê, Cândido reconhece na rua uma mulher negra que identifica em anúncios de fuga e decide capturá-la. No entanto, ela está grávida e, ainda assim, é espancada e devolvida ao "dono". A partir desta cena de rua, que culmina no linchamento de uma mulher negra, o espetáculo se desdobra. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Bendita cura (Conrad, 336 pp, R$ 119) conta a história de Acácio do Nascimento, um garoto diferente dos outros. Ele preferia brincar de boneca a jogar futebol, o bambolê lhe interessava mais que carrinhos e pistolas de cowboy. Assustados com a possibilidade de seu filho ser homossexual, seus pais o submetem a diversos “tratamentos” para que se torne um menino normal como os demais. Publicado agora em uma edição definitiva pela Conrad, esse sucesso do autor Mário César acompanha os desafios em se crescer LGBTQIA+ em diferentes ambientes. Com sensibilidade, Mário mostra o embate em tentar se curar daquilo que você é. Bendita cura foi finalista do Prêmio Jabuti de Histórias em Quadrinhos e vencedor do Troféu HQ Mix.

O encontro entre um aclamado quadrinista e um eminente especialista em questões energéticas e climáticas levou a este projeto, como uma necessidade clara de dar testemunho sobre assuntos que dizem respeito a todos nós. Inteligente, acessível e com boas pitadas de senso de humor, O mundo sem fim (Nemo, 196 pp, R$ 124,90 – Trad.: Fernando Scheibe e Bruno Ferreira Castro) explica em forma de capítulos as profundas mudanças que nosso planeta está atravessando atualmente e as consequências, já observadas, dessas mudanças por vezes radicais. Jean-Marc Jancovici fundamenta sua visão de forma brilhante, colocando a questão da energia e das mudanças climáticas no centro de sua reflexão, enquanto evoca as questões ecológicas, sociais e econômicas – a corrida pelo crescimento a todo custo é uma quimera? Trata-se de um relato esclarecido que convida à reflexão sobre temas por vezes controversos, como o da transição energética. Christophe Blain desempenha o papel do leigo, em constante diálogo com o especialista.

A questão migratória dos refugiados em diversos países se trata de uma dos problemas sociais mais complexos que o mundo enfrenta e enfrentará neste século. Em Nido (Hqueria, 200 pp, R$ 79,90 – Trad.: Rodrigo Faria e Silva), o leitor assiste com delicadeza e um profundo senso de humanidade, o que acontecera no período chavista na Venezuela, e anos após, permanece acontecendo. Mesmo tão perto de nós, a migração e as problemáticas que a envolvem não passam de dados estatísticos, o que nos leva a pensar sobre a dimensão humana do problema. Laura Guarisco é uma ilustradora independente e produtora de desenhos animados. Publicou e colaborou na imprensa, plataformas difitais e revistas de quadrinhos colombianas como Dr. Fausto, Revistas, El Espectador, Cerosetenta e Revista Micelium.

A luta feminina por igualdade é longa e já foi contata por diversos ângulos. Agora, a obra Amazonas, abolicionistas e ativistas (Seoman, 208 pp, R$ 99,00) relata esta história de maneira inovadora: em formato graphic novel. Escrita pela ativista e crítica cultural negra Mikki Kendall, a obra apresenta as principais figuras e acontecimentos que promoveram os direitos das mulheres ao longo do tempo. Kendall, ao lado da ilustradora queer A. D'Amico, relata as proezas de mulheres notáveis ao longo da história – de rainhas e combatentes da liberdade a guerreiras e espiãs –, além de citar importantes passagens sobre os movimentos progressistas liderados por mulheres que moldaram a história, entre eles a abolição, o movimento sufragista, a entrada da mulher no mercado de trabalho, os direitos civis, o movimento LGBTQ+, os direitos reprodutivos, etc. Traduzida por Denise de Carvalho Rocha, esta HQ trata, de forma contundente e ousada, de diversos temas que compõe a trajetória das mulheres rumos aos seus direitos, como: os direitos das mulheres na antiguidade; como era o poder de imperatrizes, rainhas e princesas; o papel da escravidão, do colonialismo e do imperialismo no processo de apagamento das mulheres; a luta feminina pela liberdade e a marcha pela igualdade.