No Sabatina PublishNews desta quarta-feira (28), a escritora Ana Maria Gonçalves falou de seu novo livro (ainda na gaveta, "descansando"), avaliou o mercado editorial, comentou questões de crítica literária e compartilhou suas expectativas para o carnaval de 2024, quando a Portela vai colocar na avenida o samba enredo inspirado em Um defeito de cor, seu romance publicado pela primeira vez em 2006 pela Record. "Está sendo mágico, a ficha ainda não caiu", disse a escritora, sobre o carnaval. "Quero viver intensamente todo o processo. Começam agora os ensaios, já tenho todo o meu desfile na cabeça (risos), mas está sendo muito bonito acompanhar os carnavalescos, André Rodrigues e Antônio Gonzaga. É uma conversa muito bonita com o livro". Sobre o novo romance, Ana Maria contou que uma primeira versão já foi concluída, e que agora ela espera um momento para reescrevê-lo e editá-lo, seu processo favorito na profissão. "Fiquei sete anos sem conseguir terminar nada, meio assustada com a repercussão (de Um defeito de cor). Passei a me cobrar muito a partir dali. Tem uns três anos que consegui terminar um livro, uma ficção científica policial. Pela primeira vez, depois de Um defeito de cor, é um livro que gostei de ter escrito", contou. Para a escritora, o setor editorial passou a entender nos últimos anos que havia uma demanda reprimida por livros de diferentes origens e escritos em diferentes contextos, abrindo espaço para a diversidade. Clique no Leia mais para ver a entrevista na íntegra.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Nesta semana, são duas novas obras. A jornalista Renata Donadussi lança agora seu primeiro livro, Por que não comigo?, que tem como objetivo ajudar as pessoas a enfrentar problemas e superar dificuldades em suas vidas. Com uma proposta disruptiva, o livro é não apenas uma narrativa autobiográfica, mas sim um guia para que o leitor possa encontrar respostas para seus próprios desafios. A autora fará uma tarde de autógrafos na Livraria Millenium (Av. Agami, 223, Moema, São Paulo / SP), no dia 15 de julho, das 15h às 18h. Já a obra Nosso amor virou poesia, do escritor cearense Daniel Lima, fala sobre amar tanto alguém que nenhuma palavra ou ato é capaz de demonstrar tudo o que se está sentindo. É sobre querer que a pessoa amada se ame acima de tudo, que ela busque sempre o seu melhor, pois o amor não deve ser algo que suga ou completa, mas algo que incentiva e energiza. O livro já conta com mais de 5 mil leitores somando a versão impressa e a digital, que está disponível na Amazon. O autor possui mais de 70 mil seguidores e alcança milhões de pessoas todo mês em seu Instagram (@daniellimaok). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Para ajudar os autores e editoras que desejam publicar na Área Indie – a seção publieditorial que reúne informações sobre livros lançados por editoras, e também de forma independente ou autopublicados – elaboramos um perguntas e respostas. O que é a Área Indie? Quanto custa para eu anunciar um livro na Área Indie e o que está incluso no pacote? Como eu posso anunciar no espaço? O que é preciso enviar para o PublishNews? O que é um release? Clique no Leia mais para ler as respostas dessas e de outras questões.

Ana Rüsche é escritora e uma das principais pensadoras do Brasil quando o assunto é relação entre literatura e questões ecológicas super atuais, como a crise climática. Seu livro mais recente, A telepatia são os outros (Monomito, 2019), foi finalista do Prêmio Jabuti e foi lançado recentemente na Itália como Telempatia (FutureFiction, 2023). Atualmente, ela faz pesquisa de pós-doutorado sobre ficção científica e mudança climática na Teoria Literária e Comparada, na FFLCH-USP e, com a editora Bandeirola, realiza o projeto Filamentos, discussões on-line e mensais sobre literatura e crise climática. O PublishNews perguntou a Ana Rüsche o que ela está lendo no momento, e esta foi a resposta: “Estou lendo A incrível viagem das plantas, de Stefano Mancuso, publicado pela Ubu. Já tinha lido o Revolução das plantas, da mesma série, e decidi apostar neste agora. O cientista italiano nos conta casos de deslocamentos de espécies, fortuitos ou forçados, crônicas de viajantes improváveis. Afinal, “o impulso de expansão da vida não pode ser contido”." Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo divulgou em maio os curadores do Prêmio São Paulo de Literatura – que premiará com R$ 200 mil os melhores romances publicados em 2022 – e agora anuncia os membros do corpo de júri para esta edição que alcançou o número recorde de inscrições. Foram 453 inscritos que estão concorrendo às categorias “Melhor Romance do ano de 2022” e “Melhor Romance de Estreia do Ano de 2022”. Os jurados da 16ª edição do Prêmio SP de Literatura são: Carlos Rogerio Duarte Barreiros, Cida Saldanha, Claudia Abeling, Gênese Andrade,Ieda Lebensztayn, Jeferson Tenório,Karina Menegaldo, Luiz Rebinski, Stefania Chiarelli e Whaner Endo. Clique no Leia mais para conferir a pintegra desta nota.

A Fundação PEN, defensora da liberdade de expressão, anunciou que o PEN Pinter Prize de 2023 irá para o autor de obras infantis Michael Rosen. O prêmio será entregue a ele no dia 11 de outubro, na Biblioteca Britânica, em uma cerimônia na qual ele fará um discurso. Todos os anos, o vencedor do PEN Pinter é convidado a escolher um “escritor de coragem” como uma espécie de acompanhante. A escolha de Rosen deve ser anunciada em outubro. Colunista político, radialista e autor, Michael recebeu no ano passado uma bolsa honorária do Royal College of Nursing, pela sua experiência e trabalho na conscientização pública sobre a Covid-19. Ao aceitar o prêmio, Rosen disse sentir-se “muito honrado”. “Isso imediatamente lembra as muitas pessoas em todo o mundo encarceradas, torturadas ou executadas por serem corajosas o suficiente para escrever sobre o que consideram injustiça”, contou, compartilhando ainda que há mais um motivo especial por se sentir honrado com o prêmio: ele sempre admirou Harold Pinter e teve a sorte de encontrá-lo em algumas ocasiões. Por aqui, Rosen tem publicado o livro Totó (Martins Fontes – Selo Martins) e Dorminhoco (Brinque-Book). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) liberou o resultado final do edital Literatura Resiste RJ, que tem como objetivo fomentar a cadeia literária em território fluminense, democratizando a cultura na capital e no interior. Ao todo, foram selecionados 78 projetos, com investimento total de R$ 5,5 milhões. A lista completa dos selecionados você confere clicando aqui. O edital selecionou projetos em três categorias: A – Projetos literários continuados, visando projetos literários já existentes no universo do livro e literatura, que possuam histórico consolidado e comprovado de atividades; B – Novas Feiras Literárias, voltado para propostas de evento cultural literário inédito; C – Redes de bibliotecas comunitárias, visando atividades realizadas por bibliotecas comunitárias e que promovam acesso à leitura, à escrita e à expressão oral. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A próxima convidada do ciclo de debates Sempre Um Papo é a escritora, professora e pesquisadora Maria Esther Maciel. Ela participa do programa nesta quinta-feira (29), às 19h, para lançar seu mais recente livro, Animalidades: zooliteratura e os limites do humano (Instante), que apresenta um estudo sobre a forma como os animais vem sendo retratados por escritores ao longo dos séculos. Maria Esther Maciel, nascida em Patos de Minas, é professora titular de Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora de livros de ficção e não-ficção, como O livro dos nomes (Companhia das Letras) e Pequena enciclopédia de seres comuns (Todavia). A conversa ocorre com a mediação da jornalista Jozane Faleiro, no dia 29 de junho, quinta-feira, com exibição pelo YouTube do Sempre Um Papo.

Nesta quinta (29), às 18h, o restaurante Lareira Original (Rua Maj. Ávila, 185, Tijuca – Rio de Janeiro / RJ) realiza a primeira edição do seu clube de livros. A iniciativa busca reunir empreendedores de diversos nichos, amantes da leitura. A entrada é gratuita, com consumo no local. Por iniciativa da sommelière Waléria Macaciel junto à gestora da casa Marisol Baz, o clube com o livro se inicia com a obra Quem está em sua sala?, de Ivan Misner. O livro fala sobre a importância do networking e de quem deixamos entrar em nossa vida, seja profissional, como pessoal. O encontro convida todos que já leram o livro, ou desejam ler, para um bate papo, que será iniciado com um brinde de um vinho, oferecido pela sommelière. Waléria conta que a escolha do Lareira Original, para sediar o clube foi pensada estrategicamente, por ser um local tradicional, querido por todos, com um espaço separado para eventos, e de fácil acesso. “Amo a Tijuca, e tenho muitos amigos na região. Mas, queremos reunir não só moradores da localidade, como amantes da leitura, para crescermos juntos. O livro escolhido é perfeito para falarmos sobre conexões, com muita troca e aprendizado”, conta, em nota.

Cantor, compositor, instrumentista, poeta, diretor de cinema, ator e advogado. “Sou um grande poeta, tenho certeza disso”, prefere resumir o pernambucano, em trecho do livro Alceu Valença: Pelas ruas que andei (Cepe, 592 pp, R$ 70). Assinado pelo carioca Julio Moura, assessor de imprensa do cantor desde 2009, o livro revela histórias de vida e carreira de Alceu Valença - juntas e misturadas - ao longo dos 50 anos de palco, teatro, cinema, picadeiro, tapume e meio de rua. “Poeta e trovador, seu discurso confronta o lugar comum. Sua personalidade inquieta se reflete na obra. E coube a mim, de alguma maneira, traduzir tudo nesse livro”, declara o escritor. A trajetória cronológica é adicionada de fotografias. Na narrativa de Alceu Valença: Pelas ruas que andei, Julio acaba por prestar uma reverência ao jornalismo cultural, sua escola profissional e em franca derrocada. Repousam na obra recortes de críticas e entrevistas assinadas por jornalistas de vários estados brasileiros e outros países, extraídos a partir de minuciosa pesquisa em hemerotecas.

No ano em que o príncipe Charles III é coroado, a obra A rainha: A vida de Elizabeth II (BestSeller, 420 pp, R$ 64,90 – Trad.: Alessandra Bonrruquer), escrita pelo biógrafo Andrew Morton, celebra o reinado de sua antecessora, o mais longo da Coroa britânica. Ao contrário do filho, que assume aos 74 anos de idade, Elizabeth Alexandra Mary se viu como Elizabeth II com apenas 25 anos, se tornando a mais jovem rainha da Grã-Bretanha, após a morte prematura do pai, George VI. O livro relata como a discreta monarca enfrentou uma série de contratempos e conflitos familiares, mas também protagonizou importantes triunfos, sempre com muita seriedade, comprometimento e respeito à tradição — características que se tornaram símbolos marcantes dos setenta anos de seu reinado. Como chefe de Estado e da Igreja da Inglaterra, e líder da Grã-Bretanha e da Commonwealth, Elizabeth II provou sua resiliência e seu comprometimento ao dar tudo de si para manter a monarquia britânica relevante cultural, social e politicamente. Ainda assim, as maiores crises que ela precisou administrar surgiram em sua família, como os rumores sobre a infidelidade do marido; a morte da princesa Diana; e o recente distanciamento de Harry e Meghan dos deveres reais. A rainha: A vida de Elizabeth II conta ainda com um encarte de fotos.

Oppenheimer (Intrínseca, 640 pp, R$ 99,90 - Trad.: George Schlesinger) é a primeira biografia completa do “pai da bomba atômica”. J. Robert Oppenheimer foi o físico que liderou os esforços para desenvolver uma arma nuclear em favor de seu país durante a guerra. Logo após o bombardeamento de Hiroshima, tornou-se o cientista mais famoso de sua geração — uma das figuras icônicas do século XX, a personificação do homem moderno que enfrenta as consequências do progresso científico. No entanto, Oppenheimer em seguida se opôs ao uso de bombas nucleares e, em especial, da bomba de hidrogênio. Na hoje quase esquecida histeria do início dos anos 1950, as ideias dele contrariaram poderosos defensores de um avanço nuclear maciço, e, como consequência, foi considerado indigno de confiança para lidar com os segredos do governo dos EUA. Construído após numerosas pesquisas, o livro escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin baseia-se em milhares de registros e cartas encontrados em arquivos nos EUA e no exterior, em extensos relatórios do FBI e em cerca de uma centena de entrevistas com amigos, parentes e colegas de Oppie. A obra chega às livrarias próxima à estreia do filme de mesmo nome, dirigido por Christopher Nolan e com Cillian Murphy, Robert Downey Jr. e Emily Blunt no elenco.

Em 2005, dois meses após a publicação de O ano do pensamento mágico, Joan Didion perdeu a filha, Quintana. Cinco anos mais tarde, a data que marcava o que deveria ser o aniversário de sete anos de casamento de Quintana desperta memórias vívidas sobre a criação dela, as perdas de pessoas queridas e o doloroso processo de envelhecimento, que preenchem as páginas deste livro de memórias. Em Noites azuis (HarperCollins, 208 pp, R$ 59,90 – Trad.: Ana Carolina Mesquita), best-seller do New York Times e um dos relatos mais brutais e honestos de Didion, ela expõe uma tentativa em compreender seus medos mais profundos, seus ajustes inadequados frente ao envelhecimento e a busca por dar nome àquilo que evitamos ver e às consequências que nos recusamos a enfrentar. Intensa, poética e poderosa, esta obra tece um relato sobre a maternidade, a memória e o luto em uma narrativa ao mesmo tempo pessoal e coletiva.