A Feira do Livro 2023 terminou neste domingo (11) excedendo suas próprias expectativas de público: segundo a produção, mais de 35 mil pessoas visitaram os cerca de 150 estandes montados em frente à fachada do Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller, em São Paulo, nos últimos cinco dias. Organizada pela Associação Quatro Cinco Um e pela Maré Produções, a Feira busca se consolidar no calendário cultural da cidade e na agenda de grandes eventos literários do país. A avaliação dos editores ouvidos pelo PublishNews é positiva, de maneira geral. Uma dúvida que apareceu durante a apuração e as conversas nas Feiras dizia respeito à distribuição dos lugares no esquema circular da arquitetura da Feira, já que há um círculo mais próximo ao centro da Praça, onde há maior circulação de pessoas. Segundo a produção, a ordem foi definida de acordo com as manifestações de interesse por parte das editoras e livrarias. "O critério foi a ordem das inscrições, achamos importante dar a prerrogativa de escolha dos lugares como forma de retribuir quem apostou primeiro na Feira”, disse Paulo Werneck, fundador do evento, ao PublishNews. Uma das editoras com estande mais próximo ao Palco da Praça foi a Editora Nós. “Este ano superou nossas melhores expectativas”, disse a editora Simone Paulino. Quem também excedeu as expectativas de vendas foi o Grupo Editorial Record, cuja meta prevista para o primeiro dia foi praticamente dobrada. O diretor comercial da Todavia, Marcelo Levy, apontou que houve um crescimento de 50% nas vendas da editora em relação ao ano passado. Aspecto notadamente diferente de 2022 foram a dedicação e investimento que as editoras colocaram nos próprios estandes, este ano com decorações mais bem apuradas e formatos criativos. Clique no Leia Mais para ler a matéria na íntegra.

Entre uma programação extensa com mais de 60 convidados e dois palcos principais, intermináveis (no bom sentido) doses de café, contações de histórias para crianças, e cachorros correndo para lá e para cá, milhares de livros foram vendidos n'A Feira do Livro 2023, realizada entre 7 e 11 de junho na Praça Charles Miller, em São Paulo. A produção da Feira apontou uma participação de cerca de 35 mil pessoas nos cinco dias da Feira, superando as expectativas, e as editoras presentes, em sua maioria, ficaram satisfeitas com a participação no evento. O PublishNews apurou com alguns dos participantes os livros mais vendidos em cada estande. Na Livraria Megafauna, bell hooks e Conceição Evaristo se destacaram, bem como Itamar Vieira Junior (o mais vendido no estande da Todavia) e Rita Lee. No Grupo Editorial Record, os três livros de Carla Madeira aparecem na lista, e a vencedora do Jabuti 2022, Luiza Romão, foi o destaque no estande da Editora Nós. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Quero começar esse texto retomando um assunto sobre o qual já escrevi algumas vezes e que sempre me interessa: o que faz mais sentido na hora de formatar um conteúdo de consumo digital. Fragmentar, condensar, criar um conteúdo que já nasce mais curto? Já escrevi sobre isso nesse artigo aqui Snack pra matar a fome! de quase sete anos atrás (2016), o que para tecnologia era uma eternidade… o TikTok não existia. Nesse artigo falo sobre os micromomentos, um conceito organizado e bastante divulgado na época pelo Google, que já dizia que tínhamos em média 150 interações com o celular por dia, entre 2 e 3 minutos… e como poderíamos fazer para inserir nossos produtos, serviços e conteúdos nessas janelas para o consumidor. Se você quiser saber mais sobre o assunto, ele continua super atual - mais do que nunca na verdade - e o Google tem bastante informação aqui e aqui. Dois anos depois, em 2018, escrevi um novo artigo, dentro de uma série de artigos sobre marketing digital, intitulado Sobre conteúdo, os micromomentos e o universo digital que desta vez fala um pouco mais sobre o fluxo e funil de inbound e de como você pode criar um relacionamento com seu potencial consumidor de conteúdo, antes de oferecer algo para que ele compre… mostre valor, antes de mostrar preço (: Pois bem, passaram-se mais de sete anos, a internet tomou conta da nossa vida, estamos no meio de uma revolução ainda mais exponencial com a IA e como temos consumido conteúdo? Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

No fim de semana dominado pela cobertura d'A Feira do Livro, a Folha destacou o trabalho das escritoras que resultou no livro Um grande dia para as escritoras (Bazar do Tempo), organizado por Deborah Goldemberg, Esmeralda Ribeiro, Giovana Madalosso, Paula Carvalho e Sony Ferseck. O livro surgiu da foto realizada no evento de 2022, mas teve diversos desdobramentos, dentro e fora do Brasil. A obra também foi destaque no jornal O Globo no fim de semana. O Folha também entrevistou o educador britiânico David Buckingham, cujo livro Manifesto pela educação midiática está sendo publicado no Brasil pelas Edições Sesc. A colunista Mônica Bergamo ainda informou que o músico Alceu Valença vai ganhar uma biografia. O Estadão destacou o trabalho de "biblioterapia" realizado por profissionais da psicologia, um tipo de tratamento relacionado à Terapia Cognitiva Comportamental. O Globo ainda publicou uma resenha do novo livro de Garth Greenwell publicado no Brasil (Pureza, Todavia), e noticiou que Escravidão, de Laurentino Gomes, será publicado nos EUA em volume único. No caderno Pensar, do Estado de Minas, um especial sobre HQ abordou as obras O mundo sem fim (Nemo), Che: Uma vida revolucionária (Quadrinhos na Cia), entre outras. Na Página Cinco, do Uol, uma reflexão sobre audiolivros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em dois anos de existência, A Feira do Livro já ganhou uma "cara" na Praça Charles Miller – em formato circular e com as tendas brancas, obra da Maré Produções, comandada pelo arquiteto Alvaro Razuk. Sobre a produção para A Feira de 2023 e os planos para o futuro, do ponto de vista da arquitetura e do urbanismo, Razuk respondeu três perguntas do PublishNews. "Considerando-se que na cidade de São Paulo, onde a circulação de automóveis é feita de forma extremamente privilegiada, em detrimento da circulação de pedestres, ocupar a Praça Charles Miller com uso exclusivo dos pedestres é antes de tudo uma atitude política, um exercício de cidadania. A Feira do Livro tem também em sua gênese essa atitude", afirmou. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Neste episódio do Podcast do PublishNews, conversamos com um inquieto livreiro: José Luiz Tahan. Sua trajetória profissional, porém, não para por aí: Tahan também é editor e idealizador da Tarrafa Literária, encontro literário realizado anualmente em sua cidade natal, Santos, no litoral paulista. Na conversa, Tahan fala sobre diversos aspectos da vida de livreiro, resultado das suas décadas com a Livraria Realejo – lutando em um mundo que tem o livreiro independente quase como uma impossibilidade comercial, mas que teimosamente insiste nesta sua profissão incidental. Entre outros assuntos abordados na entrevista, ele dá dicas sobre aquilo que que considera um bom livreiro, resgatando uma máxima de um amigo: um dos prazeres de uma boa livraria é achar aqueles livros que você nem gostaria de ter achado. Tahan lança agora Um intrépido livreiro nos trópicos (Vento Leste Editora), livro que reúne crônicas e relatos sobre sua trajetória profissional, inclusive com textos publicados originalmente no PublishNews. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A editora Manole, especializada em conteúdos técnicos, científicos e profissionais, está à procura de um vendedor júnior. Os requisitos incluem ensino médio completo; experiência prévia em vendas; habilitação categorias A ou B; e boa comunicação escrita e oral. Experiência prévia no segmento editorial/livreiro será considerado um diferencial. A pessoa contratada irá atuar na prospecção de novos clientes, trabalhando em conjunto com a área de inteligência comercial; realizar visitas comerciais para apresentar o portfólio da Manole; participar em eventos do ramo editorial; apresentar propostas comerciais aos clientes; e elaborar relatórios de vendas e atividades, registrando todas as interações com os clientes. Interessados devem encaminhar currículos para rh@manole.com.br até 30 de junho.

A Editora Ave-Maria, que publica obras religiosas, abriu uma vaga para divulgador. É preciso que os candidatos tenham domínio do pacote Office; excelente comunicação verbal e escrita; saibam trabalhar bem em equipe; sejam proativos; tenham disponibilidade para participação em eventos (dentro e fora de SP); disponibilidade total de horário; tenham experiência com redes sociais; e tenham habilitação categoria B. Auxiliar no planejamento e organização de eventos com participação direta ou indireta da editora; participar de eventos com participação direta da editora, incluindo o atendimento aos clientes; manter contato com autores para planejamento de sessões de autógrafo e outras ações; fazer a divulgação do conteúdo da editora em colégios, dioceses e igrejas; controlar o estoque de divulgação; e executar tarefas de rotina do setor estão entre as funções do cargo. Interessados devem enviar currículos para comercial@avemaria.com.br até 30 de junho.

Nesta quarta (14), às 17h, o Clube de Leitura CCBB homenageia Raduan Nassar, um dos mais importantes autores da literatura brasileira e vencedor do Prêmio Camões. Em votação aberta ao público, a obra escolhida para ser discutida no encontro foi Lavoura Arcaica e o cineasta Luiz Fernando Carvalho, diretor do filme homônimo, é um dos convidados para a leitura a partir também do filme que, segundo a curadora do Clube de Leitura, Suzana Vargas, transpõe para o cinema com incrível poesia e plasticidade os conflitos dos personagens. Ainda de acordo com Suzana, que mediará o encontro que conta ainda com o estudioso da narrativa contemporânea brasileira Italo Moriconi, e a participação virtual do escritor e psicanalista Renato Tardivo, a obra de Nassar é inovadora, com forte carga dramática e de linguagem visceral. Patrocinado pelo Banco do Brasil, o encontro acontecerá na Biblioteca Banco do Brasil, no 5º andar do CCBB RJ (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ), com entrada gratuita. Os ingressos ficam disponíveis na bilheteria do CCBB ou pelo site do BB, a partir das 9h do dia do encontro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - São Paulo / SP) realiza nesta terça (13), às 19h, o lançamento de O exercício da incerteza (Companhia das Letras), livro de memórias de Drauzio Varella, oncologista que se tornou um dos mais conhecidos médicos do país, ao usar os canais de comunicação para propagar informações sobre saúde e bons hábitos. Participando pela primeira do evento de lançamento um ano após o livro chegar às livrarias, Drauzio conversa com a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, e fala sobre momentos profissionais de seus 80 anos de vida, completados em maio. Com uma narrativa sensível e franca, que aproxima o autor do público, O exercício da incerteza traz relatos de momentos de sua vida pessoal e profissional. Com fluidez, aborda momentos críticos, como a pandemia do HIV e a epidemia de tuberculose nos presídios – durante a qual trabalhou voluntariamente –, assim como sua atuação à frente da campanha de combate ao uso de drogas injetáveis no Carandiru. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

No século 32, a humanidade expandiu seus domínios para além de seu planeta natal, estabelecendo-se em múltiplos mundos. É nesse contexto que uma velha rivalidade de infância entre o capitão Lorq Von Ray, filho de uma importante família mineradora, e os herdeiros da empresa que controla a estrutura de transportes interplanetária evolui para uma guerra econômica e pessoal entre dois modelos de sociedade. Para vencer essa disputa, o capitão parte em busca de um valioso combustível diretamente de sua fonte: o núcleo de uma nova, explosão estelar capaz de gerar quantidades inimagináveis desse elemento. Unindo componentes tradicionais do gênero, misticismo e narrativas célebres da literatura na forma mais grandiosa da ficção especulativa, Nova (Aleph, 296 pp, R$ 89,90 – Trad.: Petê Risatti / Ilustração: Marlon Amaro), de Samuel R. Delany, é um clássico atemporal que elucida antigas verdades e eternos mitos da humanidade. Lançado originalmente em 1968 e até então inédito no Brasil, a space opera foi finalista do prêmio Hugo. Com sua visão futurística avançada, abordagem inteligente das questões raciais e culturais, e uma narrativa envolvente e complexa, Nova se tornou leitura essencial para aqueles interessados em explorar a literatura e a imaginação humana.

Em um futuro distante, a milhões de quilômetros da Terra, humanos e humanoides viajam a bordo da nave seis mil. Sua tarefa é explorar Nova Descoberta, um planeta aparentemente árido e sem atrativos. As seguidas incursões pelos vales e penhascos do lugar, no entanto, acabam revelando objetos estranhos, logo transportados para o interior da nave e acondicionados em salas especiais. Com a chegada desses artefatos, envoltos de incompreensão e mistério, a convivência na nave seis mil entra rapidamente em uma espiral de degradação. Estruturado como uma série de depoimentos compilados por uma comissão investigativa, Os funcionários (Todavia, 136 pp, R$ 64,90 – Trad.: Leonardo Pinto Silva) narra os eventos ocorridos na nave após a descoberta dos objetos. Na obra celebrada pela crítica, a dinamarquesa Olga Ravn ultrapassa os limites da ficção científica para refletir sobre controle e exploração, sistemas de trabalho e relações sociais.

Em Vórtices (Jangada, 232 pp, R$ 54,90), Gustavo Rosseb traz ao leitor uma jornada entre mundos desconhecidos, sobre uma mãe desesperada para salvar a vida de seu filho e livrar o futuro de um vírus mortal. Quando os médicos sugerem desligar os aparelhos que mantêm o filho de Maressa em coma durante cinco anos, ela busca uma alternativa inusitada para salvá-lo e procura Alcino Damiano, um cientista renegado que ficou famoso por criar uma tecnologia capaz de isolar a consciência de uma pessoa e separá-la de seu corpo físico. Ao se tornar cobaia desse experimento, Maressa acredita que poderá ensinar seu filho o caminho de volta ao seu corpo. Agora ela precisa convencer o doutor Damiano a reativar o seu projeto proibido, e lidar com sua consciência vagando fora de seu corpo, em lugares onde a psique humana jamais adentrou. O livro será lançado nesta terça (13), às 19h, na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 - São Paulo / SP).

Terceiro volume do Ciclo Terramar, em A última margem (Morro Branco, 224 pp, R$ 74,90 – Trad.: Heci Regina Candiani), de Ursula K. Le Guin, o mal se espalha inexplicavelmente: os cantores esqueceram suas canções, feiticeiros não lembram mais como evocar seus poderes, habitantes mergulham em uma prometida imortalidade e as fontes vitais da magia estão secando. Então Ged, feiticeiro e Senhor dos Dragões, decide adentrar em mares sem fim para encontrar a fonte dessa ruína. Com a ajuda do jovem príncipe de Enlad, Arren, ele embarca pelas águas que circundam as ilhas do continente em uma jornada traiçoeira que testará suas forças e desejos. Para restaurar a magia e trazer de volta o equilíbrio às terras afligidas pela destruição, os dois precisarão desbravar os cantos mais remotos do mundo, ultrapassando sua última margem ― até os confins do reino da morte, de onde talvez não consigam mais voltar. A edição tem acabamento em capa dura e com hot stamping, além de ilustrações de Charles Vess.