Que o TikTok vem influenciando as vendas de livros, todo mundo já sabe. A comunidade do “BookTok” já gerou no Brasil pelo menos 14 bilhões de visualizações, segundo apuração do PublishNews com a plataforma. Com o boom dos livros nesse espaço, as editoras também viram a oportunidade de crescer e fazer parcerias com influenciadores digitais. Ronaldo Marques, gerente de parcerias de conteúdo no TikTok no Brasil, diz que a plataforma quer incentivar ainda mais a presença das casas de publicação, num momento em que as empresas já enxergaram a oportunidade de negócio e estão investindo nas medidas de marketing para lançamentos de livros. Sobre o impulsionamento das vendas promovido pelos livros que viralizam na plataforma, Marques afirma ao PublishNews que isso pode ser comprovado pelo comportamento de livrarias, que priorizam as obras que fazem sucesso. “Grandes livrarias já contam com sessões exclusivas dedicadas a livros que são sucesso na plataforma", diz. Como o PN vêm noticiando constantemente, a rede social pode ser uma aliada quando o objetivo é alcançar a Lista dos Mais Vendidos. O trabalho de marketing de profissionais de algumas editoras já foi alterado pela dinamicidade do conteúdo, a rapidez das mudanças da plataforma e as tendências que, claro, não param de crescer e se transformar. O PublishNews também conversou com criadoras de conteúdo na plataforma. Clique no Leia mais e confira a matéria na íntegra.

Em uma nova era das recomendações literárias na mídia, os vídeos curtos do TikTok, na comunidade BookTok, têm conquistado jovens leitores pela web e promovido alterações nos rankings dos livros mais vendidos. Além de ditarem tendências, os influenciadores digitais podem atuar como aliados do mercado editorial e podem ser gamechangers para as editoras. O PublishNews reuniu 12 influenciadores para ficar de olho e acompanhar as recomendações. Clique no Leia mais para ver a lista.

O projeto de lei 49/2015 – a chamada Lei Cortez – foi desarquivado no Senado Federal nesta quarta-feira (3), após um requerimento da senadora Teresa Leitão (PT-PE) ser aprovado no Plenário. O projeto "institui a política de incentivo ao mercado editorial e livreiro, regulamenta o preço de capa e políticas de descontos durante o primeiro ano de lançamentos editoriais comerciais". Basicamente, a Lei prevê que nos primeiros 12 meses do livro ele possa ter um desconto máximo de 10%, medida que contribuiria para a bibliodiversidade e seria um auxílio para as livrarias na competição com players internacionais, por exemplo. No fim de 2022, o setor livreiro acompanhou com interesse as primeiras movimentações no projeto desde 2017, mas ele acabou sendo arquivado após a última sessão da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal da legislatura, no dia 20 de dezembro. Agora, o projeto volta a tramitar de onde parou, ou seja, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Clique no Leia mais para ler a matéria completa.

O novo projeto do Sindicato Nacional dos Editores (SNEL) está no ar: é a Academia Editorial Júnior (AEJ), que visa capacitar jovens para trabalhar no mercado editorial por meio de palestras de profissionais do setor, treinamentos, visitas guiadas a editoras, gráficas e livrarias e participação em eventos, como a Bienal do Livro Rio, a ser realizada em setembro. A primeira turma da AEJ iniciou seus trabalhos nesta primeira semana de maio – e eles serão concluídos justamente na Bienal, em setembro. Segundo o SNEL, a ação tem como objetivo engajar jovens em situação de vulnerabilidade, unindo a questão social a um maior interesse pelo ofício editorial, por meio do processo de capacitação para que eles possam desenvolver atividades profissionais qualificadas no setor. Os jovens foram selecionados mediante um processo seletivo realizado pelo próprio Sindicato. “Aqui na Academia Editorial Júnior nós acreditamos numa sociedade mais justa, inclusiva e com oportunidades iguais para todos. Esses jovens serão o futuro do mercado editorial”, declarou o presidente do SNEL, Dante Cid, em nota. O lançamento do projeto havia sido adiantado ao PublishNews por Cid em dezembro. A AEJ tem o patrocínio de Grupo Record, GL EVENTS, GMT, Grupo Gen, Editora Moderna, Editora Rocco, Editora Sextante e HarperCollins. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Histórias, sempre acreditei, têm uma vontade própria, uma espécie de força que salta das ideias espremidas entre suas letras com o objetivo de se espalhar por todas as geografias que puder. Não que essa força intrínseca não encontre resistência, claro. Aliás, se tem uma coisa que livros – os mais tradicionais guardiões de histórias – sempre enfrentaram, foi resistência. Do passado distante que queimava ideias consideradas perigosas ao passado recente que as submetia a um filtro excessivamente severo de curadoria mercadológica, em que poucas poderosas editoras emulavam Deus ao escolher quais livros mereciam as prateleiras das igualmente poucas livrarias, os livros sempre travaram uma heróica e eterna luta pela sobrevivência. Exemplos dessa luta não faltam: alguns dos mais revolucionários escritores do mundo, ao encontrar portas fechadas de editoras para suas obras-primas, autopublicaram-se rumo à imortalidade. Mário de Andrade, Lewis Carroll, Proust, Mark Twain, Tólstoi e Manuel Bandeira são apenas alguns dos autores que investiram diretamente nas suas histórias quando nenhuma instituição de suas épocas quis patrociná-las justamente por serem diferentes do tradicional. Mas os tempos, claro, mudaram – como sempre mudam. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 11 e 17 de junho. Estão entre as novidades está Meu Amós (Companhia das Letras), um relato sobre as paixões e angústias de Amós Oz escrito por sua companheira Nili Oz. Na obra ela reconstrói os 60 anos da vida a dois com Amós, desde o primeiro encontro até a morte dele, em 2018. A morte de Jesus (Companhia das Letras), último romance da série escrita por J.M. Coetzee; Um ex-amigo (Paralela), de Mayra Cotta; e a Trilogia Dupin (Culturama), de Edgar Allan Poe, também estão na lista. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A editora Sextante abriu uma vaga no seu departamento de marketing para o cargo de analista de redes sociais. É preciso ter experiência com comunicação digital e inteligência de mercado; conhecimento em Google Ads, Facebook ADS, ferramentas de gestão das mídias sociais; experiência em marketing e gestão de redes sociais; conhecimento do Pacote Office e graduação superior completa em Publicidade e Propaganda, Marketing, Jornalismo ou similar. A pessoa contratada atuará no planejamento estratégico de mídia, criação e gestão de conteúdo para as redes sociais e marketing de influência; irá desenvolver e gerir cronogramas; elaborar briefings criativos; revisar, editar e publicar conteúdos; construir relatórios de performance; e acompanhar as redes sociais de forma estratégica a fim de gerar engajamento. A contratação é CLT e o trabalho é 100% presencial. Interessados devem encaminhar currículos para marketing@sextante.com.br até 12 de maio.

A Saint Paul Editora, que publica obras voltadas para as áreas de administração, contabilidade e economia, abriu uma vaga para auxiliar comercial. São requisitos ter formação superior completa e/ou em curso preferencialmente em Administração; experiência com a rotina administrativa comercial; domínio completo de programas do Microsoft Office (Word, Excel e Powerpoint); conhecimento em sistemas de venda (preferencialmente Bling); habilidades com plataformas de e-commerce (Tray) e marketplaces; conhecimento de rotinas de envio de pedidos; ter excelente habilidade de comunicação verbal e escrita; e ter facilidade de trabalhar em equipe. A pessoa contratada irá cuidar do atendimento de clientes e fornecedores; administração de vendas; elaboração de propostas comerciais e relatórios; e dar apoio ao departamento financeiro. Interessados devem enviar currículos para contato@saintpaul.com.br até 10 de maio.

A Bookwire, empresa de tecnologia e distribuição voltada para o mercado editorial, anunciou que está implantando a funcionalidade do ChatGPT como uma versão beta dentro do software Bookwire OS – One Solution. Segundo a empresa, durante a fase de testes, editores podem testar os benefícios da ferramenta de inteligência artificial para o marketing de seus livros digitais. O ChatGPT pode ser usado, por exemplo, para criar sinopses automatizadas e postagens de mídia social para Instagram, Twitter ou Facebook. No entanto, é importante enfatizar que o ChatGPT no Bookwire OS não pode acessar o conteúdo ou os metadados, mas apenas usa informações publicamente acessíveis na Internet. Como o ChatGPT não pode acessar o conteúdo do OS, mas apenas informações publicamente disponíveis na Internet, a ferramenta seria particularmente interessante para títulos de backlist. Os editores são livres para decidir se desejam usar a ferramenta para seu conteúdo. Clique no Leia mais e confira a íntegra desta nota.

Um projeto de Lei que busca alterar um artigo da Lei do Direito Autoral (Lei nº 9.610/1998) teve movimentação recente no Senado: foi desarquivado o PLS 50/2016, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI). O projeto pretende incluir a proibição de que condenados por crimes violentos lucrem com a produção de alguma obra sobre o delito cometido. O projeto também pretende estabelecer em Lei a destinação de um eventual resultado financeiro para medidas de compensação das vítimas. No fim da última legislatura, em dezembro de 2022, o Projeto de Lei foi arquivado pelo Senado Federal, porém, reeleito senador, Ciro Nogueira pediu o desarquivamento do PL. Agora, o Projeto de Lei do Senado 50/2016 retorna ao exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde terá decisão terminativa: se aprovada, segue direto para a Câmara dos Deputados. A inspiração para o PL veio de uma referência da legislação norte-americana sobre o tema. Lá, o Estado é autorizado a receber todo o dinheiro arrecadado pelo criminoso pelo tempo de cinco anos, com o objetivo de compensar a família das vítimas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais, traz dois editais. O primeiro busca a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de diagramação e impressão, e tem valor superior a R$ 6,5 milhões. O segundo edital da semana busca uma empresa também para impressão, mas que ofereça ainda serviços técnicos de acabamento. O valor é de R$ 257 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A autora Marcela Levy e a ilustradora Linnea Rading Levy lançam logo mais, às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi (Av. Faria Lima, 2.232 – São Paulo / SP) o livro infantil A espera por você. Publicado pelo selo Rocquinho, da Rocco, a obra é narrada por Gabriel, um menino que está prestes a completar três anos de idade. Ele conta aos leitores que sua mãe desejou muito tê-lo em sua vida. Mas, para conseguir engravidar, ela precisou de determinação e de algo que Gabriel não entende ainda o que é: ciência. Com a obra, Marcela e Linnea, que são cunhadas e recorreram à reprodução assistida para terem seus filhos, querem explicar às crianças que nem todos chegam ao mundo da mesma forma. O livro faz assim uma homenagem às famílias que, para realizar o sonho de ter um bebê, recorreram à medicina e é também uma carta de amor às famílias que vivenciaram experiências parecidas. No sábado (6), o lançamento da obra acontece no Rio de Janeiro, às 16h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417 - Leblon).

A DarkSide Books, editora brasileira dedicada a publicações de terror, fantasia e True Crime, adotou uma nova solução de marketing elaborada pela agência Maio Marketing, chamada ‘Smart Audience’, que promove soluções personalizadas para o cliente. Um destaque dessa iniciativa da DarkSide são seus números de retorno, divulgados pela agência nesta semana. No primeiro mês, nos canais push on site e-email marketing, foi atingido 102,49% da meta estipulada pelo cliente para receita, segundo a Maio. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Em Histórias íntimas (Planeta, 256 pp, R$ 76,90) a historiadora Mary Del Priore mostra como a sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo, influenciadas por questões políticas, econômicas e culturais, passando de um assunto a ser evitado a todo custo para um dos mais comentados nos dias de hoje. O livro traz algumas curiosidades difíceis de acreditar hoje em dia, como por exemplo que já houve uma época em que os seios eram a parte menos erótica do corpo feminino, tendo como única função produzir leite e que, ainda no fim do século XIX, os homens eram atraídos pelos pés das mulheres. Mary mostra por meio de seu estudo que o erotismo mudou no decorrer do tempo – o que permaneceu, durante séculos, foi o controle do prazer sexual. Como passamos de um mundo em que quase tudo era proibido, mesmo entre quatro paredes, e chegamos a este em que não se proíbe quase nada, até em público? Mary percorre esse caminho com um olhar curioso, atento e divertido.

Povos indígenas entre olhares (Edições Sesc e Editora Unifesp, 312 pp, R$ 92), organizado por André Roberto Machado e Valéria Macedo, é fruto de um curso de extensão homônimo que teve sua primeira edição em 2016, na Universidade Federal de São Paulo, e reúne 13 artigos que se propõem a apresentar um panorama histórico e atual sobre a situação dos indígenas no Brasil por meio de uma reflexão interdisciplinar de historiadores, arqueólogos, antropólogos e especialistas nas áreas de educação e saúde. Temas como arte indígena, políticas públicas de saúde e educação voltadas para povos originários são alguns dos assuntos abordados na publicação. A obra se divide em duas partes, sendo que a primeira, “Atualidade, atuação e presença indígena no mundo contemporâneo”, se debruça sobre assuntos como os direitos e a política indigenista no Brasil, o aprendizado de história e cultura indígena no ensino básico, reflexões acerca da antropologia e história da arte, entre outros. A segunda parte do livro, “Povos indígenas fazendo e refazendo história”, dedica-se a aspectos históricos concernentes a esses povos e aborda temas como o ingresso de indígenas nas universidades, a resistência dos indígenas durante a colonização e a disparidade das situações dos povos indígenas nos diferentes países da América.

O livro A fronteira – Uma viagem em torno da russia (Ayinê, 692 pp, R$ 159,90 – Trad.: Leonardo Pinto Silva) nasce de um sonho. O sonho é caminhar sobre um grande mapa, ao longo de uma sinuosa linha vermelha. E esta linha não é outra senão a fronteira russa, uma fronteira muito extensa, aliás, a mais extensa do mundo. O despertar foi uma tomada de consciência: justamente esse sonho estranho faz Erika Fatland, escritora e antropóloga, se jogar nessa aventura. Definida pelo jornal Dagbladet como a versão norueguesa de Marco Polo, ela empreende, depois de Sovietistão, sua nova jornada: uma jornada realmente cheia de aventuras, a bordo dos mais variados veículos — de cavalos a aviões turboélice, de renas a caiaques — que os turistas comuns fariam bem se recusassem; uma viagem semelhante àquelas que se faziam no passado, e em que quando você estava longe, estava longe, ponto. Sua casa era apenas uma lembrança, um mundo paralelo, inacessível não como agora, que você traz sempre no bolso. Com a convicção de que somente graças ao encontro com o outro o ser humano toma consciência de si e da cultura a que pertence, e que somente nessa fronteira entre o que somos e o que nos é estranho a identidade pode tomar forma, a autora tenta responder a esta sua questão, ou melhor, fornecer tantas respostas quantos os países que fazem fronteira com o gigante. Resulta daí uma imersão paradoxal e fascinante na chamada dusha, a “alma russa”, realizada pelo olhar do outro, um relato que é um pouco diário de viagem, um pouco investigação histórica e um pouco estudo antropológico, um contínuo interrogar-se sobre a noção de fronteira e, sobretudo, um retrato vívido de culturas tão diferentes que têm apenas uma coisa em comum: o mesmo, trabalhoso, vizinho.

O que mantém o mundo sempre moderno é o modo de recriar e surgir com algo novo a todo momento. A inovação é o motivo pelo qual mais pessoas vivem hoje com uma boa qualidade de vida, em comparação ao passado. Inovação não é o mesmo que invenção. A inovação raramente procede de um único gênio e leva muito mais tempo. Assemelha-se à evolução darwiniana, um processo de reorganizar o mundo em formas que provavelmente não surgirão por acaso – e que são úteis. E a inovação é potencialmente infinita porque, mesmo que não se trate de nova criação ou invento, ela encontra maneiras de fazer as mesmas coisas mais rapidamente ou com menos energia. Ao longo do livro Como surgem as inovações (Faro Editorial, 320 pp, R$ 69,90 – Trad.: Fábio Alberti), Matt Ridley conta histórias fascinantes de desenvolvimento da tecnologia para que os leitores observem o percurso. É nele que está o pulo do gato, pois fornece pistas para as próximas inovações. Ridley traz uma linha de trajetórias, descobertas e inspirações de inventores como Thomas Edison, Guglielmo Marconi, irmãos Wright até Jeff Bezos, entre outros. Para ele, o fenômeno de invenção é coletivo, colaborativo e pode acontecer em várias partes do mundo simultaneamente.