Todo dia a mesma noite (Intrínseca), o livro reportagem de Daniela Arbex que inspirou uma série da Netflix, estreou na última edição da Lista Nielsen PublishNews de Não Ficção, divulgada nesta quarta-feira (8). O livro ocupa o 20º lugar da categoria. Outra novidade da Lista publicada nesta quarta-feira é o livro Mulheres improváveis (Editora Vida), de Viviane Martinello. De acordo com a editora, a pastora e mentora traz pensamentos e reflexões sobre como a religião pode "mudar destinos e transformar corações". A Editora Vida também tem o líder da categoria, Café com Deus pai, diário devocional de Junior Rostirola que também vem liderando a Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews desde o início do ano. A liderança nas duas listas consolida o sucesso do livro nas livrarias por mais um ano e uma edição. Em Ficção, os dois primeiros lugares são bastante previsíveis, embora a resistência com que se mantenham ali seja notável: Tudo é rio (Record), de Carla Madeira, e Torto arado (Todavia), de Itamar Vieira Junior. Em abril, o escritor lança pela mesma editora seu novo romance, Salvar o fogo – quatro anos depois do lançamento da sua obra mais conhecida. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Comemorado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher virou mais do que uma data simbólica para lembrar a luta feminina. A comemoração busca ressignificar e gravar na memória da sociedade a importância do movimento e da igualdade entre gêneros na atualidade. Além de discutir temas como violência física e psicológica contra as mulheres, é preciso colocar em pauta assuntos como igualdade de salários, liberdade sexual, direitos LGBTQIA+, maior participação política, presença em cargos de liderança, entre outros muitos problemas que as mulheres enfrentam diariamente durante sua trajetória. Como forma de incentivar a troca de conhecimento sobre o tema, o PublishNews fez uma lista de 15 livros para conhecer, ler e estudar as diferentes perspectivas da luta feminista. Clique no Leia mais e confira a lista completa.

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher e conscientizar os leitores da importância da data, algumas editoras estão promovendo ações, entre eventos, discussões e lançamentos, neste 8 de março. Entre as casas estão a Boitempo, Record, a Editora Agir, a Belas Letras e a Globo Livros. Nesta quarta (8), a Boitempo promoverá uma conversa intitulada Desafios do feminismo para um país em reconstrução a partir das 15h em transmissão ao vivo pelo Youtube. Com o Mês das Mulheres, o Grupo Editorial Record organiza a campanha Mulheres que fazem história, uma iniciativa de valorização das trajetórias e produções literárias femininas do catálogo da Editora Rosa dos Tempos e de outros selos do Grupo. A Editora Agir lança o livro Da dor ao prazer, primeiro livro da terapeuta Márcia Oliveira sobre saúde sexual feminina. Clique no Leia mais e confira outras iniciativas.

"Ma che tipo de senso hai?". "No capítulo anterior…" eu fiquei de avaliar se as festas bolonhesas eram mais animadas que as de Frankfurt. Isso vai ter que ficar para o próximo capítulo. A festa de ontem revelou-se formal demais para o meu gosto: uma premiação no vetusto Palácio do Rei Enzo, onde, ainda por cima, só serviam lambrusco. Achei melhor ir descansar para o segundo dia, ou round. Hoje enfim descobri onde fica entrada, mas só na hora da saída. De manhã o Waze insistiu em me levar para um ponto qualquer da Emilia Romagna e andei muito até achar um grupo de editores que se embrenhava por umas vielas. Perguntei se aquele era o caminho da feira e a resposta foi "e chi lo sà?", acompanhados dos obrigatórios gestos italianos. Porém chegamos. Tentei hoje investigar quais seriam as tendências do mercado editorial jovem. Primeiro notei que os livros que mais se destacam estão em campos opostos. De um lado estão obras primas de engenharia gráfica (com recortes miligramáticos e dobras intrincadas) e artes dignas de Michelangelo ou Escher. São livros, enfim, que eu cobiçaria para mim — e que não deixaria meu filho tocar. Do outro lado estão obras, digamos, "cruas", com ilustrações fortes em cores fauvistas, bem infantis (obviamente) e também maravilhosas. No primeiro caso vi lindas obras de ourivesaria editorial em estandes italianos e coreanos e, no segundo caso (que me fascinou ainda mais), acredito que a liderança esteja com as editoras portuguesas (que eram super disputadas). Clique no Leia mais para ler a íntegra desse diário.

A Feira do Livro Infantil de Bolonha premiou as Melhores Editoras Infantis do Ano durante a programação da sua 60ª edição. O prêmio foi criado há uma década em parceria com a Associação dos Editores Italianos e é distribuído em seis regiões mundiais: África; Ásia, Europa, América do Norte; Caribe, América Central e do Sul; e Oceania. Nesta edição, as próprias editoras dessas regiões votaram nas suas “casas irmãs” e que se destacaram em critérios como desenvolvimento, inovação, criatividade e qualidade do catálogo. Entre os premiados estão a editora Trinta Zero Nove, de Moçambique, representando a África. Criada por Sandra Tamele, referência internacional quando o assunto é incentivo à leitura e projetos culturais, a editora já venceu em 2021 o Excellence Awards, da Feira de Londres, na categoria Iniciativa de Tradução Literária e agora é destaque também em Bolonha. A vencedora para América Central e do Sul e Caribe é a Editorial Amanuta, do Chile, que publica livros ilustrados para crianças e jovens desde 2002. A editora tem como objetivo oferecer propostas inovadoras e criativas que se adaptam aos tempos atuais de forma a promover o desenvolvimento dos jovens com livros que estimulem a sua criatividade e imaginação. Clique no Leia mais para ler a íntegra desta nota.

O Women’s Prize For Fiction, prêmio britânico que consagra anualmente a melhor obra de ficção escrita por mulheres, divulgou nesta quarta-feira (8) as 16 semifinalistas da sua edição de 2023 e que concorrem ao prêmio de £ 30 mil. Em seu 28º ano, as juradas do prêmio – Louise Minchin, Rachel Joyce, Bella Mackie, Irenosen Okojie e Tulip Siddiq – selecionaram romances originais e que oferecem novas perspectivas sobre a história e a humanidade, explorando temas duros com empatia, sensibilidade, franqueza e, às vezes, humor. Entre as selecionadas, o destaque vai para Maggie O’Farrell, vencedora do prêmio em 2020 com a obra Hamnet (Intrínseca). Neste ano, ela concorre com o romance The marriage portrait, que se passa em 1561 e conta a história de Lucrezia – filha do banqueiro Cosme I de Médici, uma jovem mulher omitida da história – e Alfonso. Quando ele a leva em uma visita inesperada a uma vila pacata, Lucrezia começa a pensar que ele tem um proposito sinistro e pretende matá-la. Barbara Kingsolver é outra autora que venceu o Women’s Prize em 2010 com A lacuna (Clube do Autor) e concorre este ano com o livro Damon Copperhead, uma releitura do personagem criado por Dickens e que conta a história da sua vida de “pouca sorte”. Destaque também para NoViolet Bulawayo e Natalie Haynes que já têm obras publicadas por aqui. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Aproveitamos o Dia Internacional da Mulher para, mais uma vez, nos lembrarmos de que a proporção feminina é muito aquém do que deveria ser na vida editorial brasileira, assim como em, praticamente, todos os setores da sociedade. Em pleno 2023, temos atrasos seculares no Brasil de questões básicas. Quando ainda é preciso criar leis para distribuição de absorventes íntimos para meninas de baixa renda – espantosamente, há quem seja contra –, algo que já deveria ser política pública há décadas, pensar sobre a disparidade de espaços para manifestações literárias femininas parece quase um luxo. Mas não é. Se voltarmos um pouco no tempo para o século XIX, às mulheres cabia a função de leitoras dos romances folhetinescos publicados em jornais e revistas (mutatis mutandis, as telenovelas vieram de lá), posteriormente reforçada pela destinatária dos cronistas (“a leitora que me lê agora...”). Até hoje, no universo leitor há mais mulheres do que homens. Segundo a Retratos da Leitura no Brasil, que é nossa pesquisa mais confiável do setor, a presença feminina entre leitores de literatura é maior que a masculina. Em outro estudo, também realizado pelo Instituto Pró-Livro, dois grandes eventos literários (FLUP e Bienal do Livro do Rio de Janeiro) são frequentados majoritariamente por mulheres. A despeito desse quadro, é sabido que homens sempre publicaram mais. Acesse o Leia mais para ler a íntegra desta coluna

Insisto que a aceleração do tempo histórico faz com que as placas tectônicas sociais se sobreponham em cada vez maior velocidade. Se funciona é obsoleto, pois logo outra novidade vem ofuscar a inovação de ontem. Comecei a desenvolver ano passado estudo sobre NFT e arte, no âmbito do Metaverso, mas a novidade rapidamente se disseminou, sendo expandida e desenvolvida, mas logo ficou démodé, pois o mercado lançou o ChatGPT, assunto dos meus dois últimos artigos. Mesmo sendo encobertas, as camadas sociais não desaparecem, e ressurgem fascinantes, como as descobertas arqueológicas que subitamente nos encantam. Passada essa introdução, atentei para o leilão, pela prestigiosa casa Sotheby's, neste 06 de março de 2023, do manuscrito do livro Snow Crash, de Neal Stephenson, engenheiro norte-americano, introdutor do conceito de Metaverso, publicado em 1992. Com estimativa de preço de venda entre 40 e 60 mil dólares, a obra saiu por 304,8 mil dólares. Nesse livro Stephenson, que hoje trabalha na vanguardista Magic Leap, fala de metaverso, avatar, criptomoedas, ciberespaço, “pré-vendo” o momento atual. Segundo ele, “Escrito na tentativa de resgatar alguns elementos de um projeto de história em quadrinhos anterior, este livro se tornou importante e mudou minha vida.” Muitos estranham quando falo que o grande lance do futuro é redescobrir o passado. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

A editora Devir abriu uma vaga para editor. Os requisitos incluem residir em São Paulo; ter formação superior completa; experiência em leitura crítica, tratamento de originais, edição e redação de textos e revisão de conteúdo; conhecimento do processo editorial completo; mais de quatro anos de experiência no mercado editorial; e experiência no desenvolvimento de projetos editoriais, preparação e revisão de textos. É desejável ainda conhecimento do mercado nerd/geek e de histórias em quadrinhos. A pessoa contratada fará a leitura crítica de originais e edição de materiais; cuidará da criação e edição de textos; edição de conteúdos digitais; aprovação de provas gráficas; e irá contribuir com cada um dos profissionais envolvidos em todas as etapas da produção editorial. Interessados devem encaminhar currículos e pretensão salarial para rh@devir.com.br.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais, traz esta semana mais dois editais. O primeiro tem como objeto a contratação de empresa para prestar serviços gráficos e editoriais, e o valor chega a R$1,1 milhão. O pregão é dia 16 de março. Já o segundo edital Registro de preço para aquisição de materiais didáticos, paradidáticos e coleções para suporte em projetos para a Educação de Jovens e Adultos de uma rede municipal de ensino. O valor pode chegar a R$ 14,5 milhões e a disputa está marcada para 17 de março. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O quinto encontro da 11ª temporada do projeto Paiol Literário recebe a escritora Jarid Arraes, nesta quarta (8), às 19h30. A entrevista será conduzida pelo escritor e editor do jornal Rascunho, Rogério Pereira, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Paiol no YouTube. Jarid Arraes nasceu em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 1991. É escritora, cordelista, poeta e autora do romance Corpo desfeito e de Redemoinho em dia quente, vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional, do APCA de Literatura na Categoria Contos e finalista do Prêmio Jabuti. Jarid também é autora do livro de poemas Um buraco com meu nome, da coletânea Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis e de As lendas de Dandara. Atualmente, vive em São Paulo (SP), onde criou o Clube da Escrita Para Mulheres e tem mais de 70 títulos publicados em Literatura de Cordel. Realizado desde 2006, pelo jornal Rascunho, o Paiol Literário promove conversas com diversos autores brasileiros e, este ano, mais uma vez, conta com patrocínio do Itaú via Lei Federal de Incentivo à Cultura. O próximo encontro será com Tatiana Salem Levy em abril.

A ciência econômica tem sido pensada por homens para servir a uma sociedade dirigida por homens. Ela é, também, a ciência social com menor presença de mulheres. No entanto, ao longo da história, muitas delas fizeram importantes contribuições para a construção da área, vencendo um permanente processo de desqualificação, como revela Hélène Périvier, que apresenta em A economia feminista (Bazar do Tempo, 184 pp, R$ 68 – Trad.: Maria Alice Doria e Milena P. Duchiade) um inédito panorama da presença das mulheres no campo do pensamento econômico. Desde as pioneiras Jane Marcet (1769-1858) e Harriet Martineau (1802-1876), também Flora Tristan (1803-1844), Harriet Taylor (1807-1858), chegando ao século XX com Margaret Reid (1896-1991) e Joan Robinson (1903-1983), e ainda Elinor Ostrom (1933-2012) e Esther Duflo (1972-), vencedoras, respectivamente, do prêmio Nobel em Economia em 2009 e 2019. Nesta abordagem, não ficam de fora os pensadores da economia que tiveram posições a favor das mulheres, como John Stuart Mill e John Maynard Keynes, este último parceiro de Virginia Woolf no grupo Bloomsbury. Em uma análise amparada por exemplos e dados, a autora refuta a aparente neutralidade dos conceitos e análises da economia, evidenciando como seus conceitos têm sido o motor de uma organização social baseada no modelo patriarcal.

Nas vozes de autoras best-sellers como Lucy Foley, Leigh Bardugo e Alyssa Cole, Miss Marple se apresenta a um novo público, agora mais jovem e ainda iniciante nas aventuras e investigações da personagem de Agatha Christie, sem deixar para trás a essência que a marcou como uma das detetives mais icônicas da literatura, em uma grande homenagem à Rainha do Crime. Depois de 45 anos de sua estreia, a personagem volta às páginas para investigar novos crimes em Histórias de Miss Marple (HarperCollins, 400 pp, R$ 69,90 - Trad.: Paula di Carvalho). Agora nas narrativas de doze autoras contemporâneas, a clássica personagem é levada a uma volta ao mundo para desvendar mistérios que só podem ser resolvidos por ela. Nesta coletânea, a detetive investigará um jantar de Natal interrompido por convidados inesperados, descobrirá que o palco da Broadway, em Nova York, está pronto para uma improvisação perigosa e verá um escritor de férias na Itália ser pego em uma situação absurda.

Em seu novo livro, a autora best-seller do The New York Times e psicóloga clínica Shefali Tsabary convida suas leitoras a transcender medos e ilusões, libertando-se das expectativas da sociedade e redescobrindo a pessoa que deveriam ter sido – totalmente presentes, conscientes e realizadas. Despertar radical (Academia, 400 pp, R$ 79,90 – Trad.: Diego Franco Gonçales) sugere caminhos para que mulheres de todo o mundo possam encontrar sua verdade interior, bem como resgatar poderes que ajudam a promover a cura: nelas, em outras pessoas e até no planeta. Escrita a partir de experiências pessoais da psicóloga indiana radicada nos EUA e relatos reais de pacientes que Shefali atendeu ao longo de sua vida profissional, a publicação aborda temas relevantes para a constituição psíquica feminina. O objetivo é abandonar falsos paradigmas patriarcais, a fim de entender a si mesma de maneira profunda, conhecer melhor seu próprio corpo e compreender relacionamentos e padrões de comportamento. Para isso, a publicação aborda temas como: o impacto do patriarcado na criação de meninas – e como isso influencia suas mentes e percepções –, o estado de névoa e inércia no qual muitas mulheres permanecem, as fachadas do ego, seus diferentes arquétipos, e como é possível construir novas perspectivas em áreas da vida que incluem o casamento, a maternidade, a beleza, a sexualidade, entre tantas outras.

Mulheres que transformam mulheres (Literare, 248 pp, R$ 59,90) é um livro que faz ecoar a voz feminina, composto de textos que emocionam, revoltam, inspiram e impulsionam a viver, sonhar e realizar. Um livro escrito para mulheres e homens que conseguem compreender que todos são iguais e que, juntos, com respeito e cooperação, podem construir um mundo melhor. Para que as mulheres tivessem o direito de escrever suas histórias, muitas precisaram e ainda precisam lutar, sofrer e resistir. Com prefácio da Luiza Helena Trajano, as histórias de mulheres transformadoras contadas nesta obra são exemplo e inspiração para muitas outras que têm potencial e, certamente, estão fazendo acontecer em suas áreas de trabalho e na sociedade. Conectar relatos de coautoras que superaram obstáculos, distâncias e preconceitos e alcançaram o sucesso pode ajudar a curar e inspirar muitas pessoas. A proposta deste livro é reunir mulheres que têm como missão transformar a vida de mulheres. Ao ler estas histórias, o leitor perceberá que viver é desafiador, que falhar é humano e que a vida é um presente divino.