A Câmara Brasileira do Livro realiza nesta terça-feira (28) a eleição para a escolha da nova presidência para o mandato de 2023-2025: o resultado já pode ser antecipado com alguma segurança por conta da eleição ocorrer com chapa única. A diretora geral da VR Editora, Sevani de Matos Oliveira, deve ser a nova presidente. A eleição será realizada de forma presencial (na sede da CBL em São Paulo, na Rua Cristiano Viana, 91) e pode ser acompanhada de forma online, pela plataforma divulgada para os associados, entre 10h e 17h. Enquanto isso, uma gestão vai chegando ao fim. Vitor Tavares – que deve continuar na CBL como diretor de Distribuidores e Importadores de Livros – assumiu a instituição em 2019, em um momento de diversas crises, a começar pelo impacto no mercado das recuperações judiciais de Cultura e Saraiva. Em seguida, a pandemia impôs o cancelamento e o adiamento de eventos de toda sorte, incluindo a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, maior evento do livro do país e um carro-chefe dos trabalhos da CBL. Entre outros destaques do período, a CBL passou a ser a agência do ISBN no Brasil, modernizou e digitalizou processos, reformulou o Prêmio Jabuti e também conviveu com outras dificuldades. Em entrevista ao PublishNews que serviu como um balanço de sua gestão, Tavares falou sobre a missão de cortar custos e aumentar receitas frente às situações adversas, da importância da Bienal para a organização, do Prêmio Jabuti e das perspectivas de diálogo com o novo governo. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

E-books, audiolivros, direitos autorais e sustentabilidade no mercado editorial foram alguns dos assuntos que estiveram em pauta nos últimos anos no setor, mas agora é outro tema que tem ganhado destaque: a inteligência artificial e suas consequências para o mercado editorial. Pensando em entender melhor como a ferramenta funciona, quais os pontos negativos e positivos, modos de usar e tirar outras possíveis dúvidas do setor do livro sobre o assunto, o Podcast do PublishNews conversou com algumas pessoas que entendem do tema e que podem ajudar a esclarecer questões e ajudar a formar opiniões. Participam desse episódio: Camila Cabete, head de conteúdo da Árvore; Julio Silveira, diretor na Motor Editorial; João Varella, editor e fundador da Lote 42 e Banca Tatuí; o advogado Hugo Machado Segundo, senior partner na Machado Sociedade de Advogados e Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará; Bruno Mendes, sócio do PublishNews, #coisadelivreiro e Saudade, e diretor comercial e de marketing da Ediouro; Luara França, Publisher da Aleph; Mariana Rolier, Publishing Manager da Storytel e sócia da Gancho Curadoria; e Moacir Calarga, editor na Opera Editorial. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet, e da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ouvir o episódio.

Seguindo a tomada de reedições no mundo literário, os livros do herói James Bond serão editados pela Ian Fleming Publications para remover conteúdos preconceituosos. Segundo as noticias da Folha, Estadão e Veja, as obras de Ian Fleming terão trechos racistas, homofóbicos e misóginos removidos da nova edição. O Globo publicou uma matéria na coluna de Ancelmo Gois sobre quem são os favoritos para ocupar as vagas abertas na Academia Brasileira de Letras. O jornal também entrevistou a escritora Deborah Levy, cuja autobiografia está sendo publicada no Brasil em três volumes pela Autêntica. Na coluna Painel das Letras, o destaque foi a estreia literária do sociólogo José Henrique Bortoluci, O que é meu (Fósforo). Segundo a coluna, o livro foi vendido para dez editoras estrangeiras antes mesmo de ser lançada no Brasil, "um feito bastante incomum". Já a Babel destacou a participação das editoras brasileiras na Feira do Livro de Bolonha. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

O Centro de Computação Científica e Software Livre, C3SL, da Universidade Federal do Paraná, vem desenvolvendo dois projetos de pesquisa para contribuir no mapeamento do processo de logística e na criação de um painel de indicadores do Programa Nacional do Livro Didático, o PNLD. De acordo com o Centro, a inovação possibilitará que órgãos, entidades, redes de ensino e prefeituras tenham acesso de forma unificada a todos os dados do PNLD, que atende mais de 32 milhões de estudantes no país. Neste 27 de janeiro é celebrado no país o Dia Nacional do Livro Didático. Atualmente, são mais de 172 milhões de livros distribuídos pelo programa nos mais de 5 mil municípios brasileiros, em mais de 150 mil escolas. Todos esses dados mostram a complexidade de um dos maiores sistemas de produção e entrega de material didático do mundo e alertam para a necessidade de reformulações constantes no programa, que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano. Uma das pesquisas do grupo é a “Pesquisa sobre otimização do modelo da logística de distribuição dos livros e materiais do PNLD, com suporte técnico para processos de contratação de serviços”. O que o C3SL pretende é sistematizar e organizar toda a cadeia de produção e por meio disso, propor melhorias. O Centro desenvolve também o projeto Painel PNLD, em que professores e bolsistas do grupo estão reunindo e tratando todos os dados constantes nas bases do FNDE e do MEC para criar um banco de inúmeras possibilidades de dados e de cruzamento deles. Essa disponibilização de uma plataforma unificada permitirá que o próprio FNDE extraia dados e os utilize para o gerenciamento, controle e também criação de novas políticas dentro do próprio órgão. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

No último artigo publicado aqui no PN, de 27/01/23, apontei alguns aspectos de inteligência artificial, para surpresa de muitos leitores, já que o tema, até então, ainda não tinha aparecido com destaque nos jornais, como foi nas edições do Globo, Folha e Estadão de 30 de janeiro, domingo. Salientei que era apenas o começo e que o tempo estava ausente da equação, dada a rapidez com que os ciclos – históricos, econômicos e sociais – se sucedem. Não demorou e já começam a surgir as situações de dúvida, derivadas da nova tecnologia. A autoria das obras. A premissa da autoria, que decorre do art. 11 da Lei 9.610/98 (LDA), reguladora do direito autoral brasileiro (“Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.”), tem raiz na Constituição Federal do Brasil que dispõe, no art. 5º, inc. XXVII “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”. Portanto, segundo a lei, autor é quem cria a obra, e essa condição lhe permite, com exclusividade, utilizar, publicar ou reproduzir a sua criação. Em exemplos simplificados, o autor pode interpretar sua composição, o escritor publicar seu livro, o pintor autorizar a reprodução de seus quadros. E aqui entra a inteligência artificial. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais, tem nesta semana um edital visando a impressão de livros por demanda e outro para compra de livros didáticos de inglês. O primeiro busca registros de preços para a impressão de títulos sob demanda em uma grande cidade brasileira. O pregão está marcado para o dia 6 de março e vai pagar cerca de R$4,8 milhões. Já o segundo, com disputa marcada para o dia 1º de março, visa a aquisição de livros didáticos de inglês para uma rede municipal de ensino. O valor estimado chega a R$ 107 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) estreia nesta segunda (27) o podcast Papo CBL - uma conversa com quem faz o mercado do livro, que estará disponível nas principais plataformas de streaming de áudio. O primeiro episódio é um bate-papo com o presidente da CBL, Vitor Tavares, que faz um balanço das principais conquistas e desafios de seu mandato, pouco antes do término de sua gestão, no final deste mês. O Papo CBL, de periodicidade mensal, tem pouco mais de dez minutos de duração e abordará temas do mercado livreiro, debatendo maneiras de ampliar o acesso da população à leitura no país. “O podcast será um espaço para livreiros, autores, editores, distribuidores, ou seja, todos aqueles que trabalham por amor ao livro”, define Tavares, que em sua participação comentou sobre pandemia, livrarias físicas, eventos internacionais e o mercado livreiro no Brasil de maneira geral.

A MVB Brasil, empresa alemã de metadados, abriu duas vagas em seu time. A primeira é para a posição de assistente comercial. O candidato escolhido será responsável por gerar novas oportunidades comerciais para a empresa, organizar as etapas do processo comercial e expandir a base de clientes, principalmente entre clientes de pequeno e médio porte. Trabalhará junto ao time comercial e de marketing para desenvolver e executar estratégias de captação de novos clientes, construir relacionamento com clientes potenciais e aumentar a presença e relevância da MVB no mercado de livros no Brasil. Requisitos incluem pelo menos cinco anos de experiência na área comercial atuando no mercado de livros e capacidade de analisar dados do processo comercial e apresentar insights para melhorias. A segunda vaga é para o cargo de analista de suporte de TI. É preciso ter ensino superior completo ou cursando Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Redes de Computadores ou Gestão de Tecnologia da Informação; inglês intermediário, boa comunicação verbal e escrita, conhecimento de Banco de Dados, SQL e APIs e conhecimento em Microsoft 365, Windows, MacOS e Pacote Office. A pessoa contratada irá atuar na manutenção, instalação e configuração de hardware, software, rede e telefonia; monitorar e solucionar problemas de infraestrutura e suporte técnico junto aos usuários; desenvolver e executar consultas em bancos de dados com SQL, e extração de relatórios; e prestar suporte aos clientes nas integrações e conexões via API, FTP, arquivos JSON, XML. Interessados devem enviar currículos para c.matuda@mvb-online.com.

A editora On Line está à procura de dois vendedores. Para as vagas é preciso ter ensino médio completo, habilidades em negociação, boa comunicação e ter experiência em vendas no ramo editorial. Atendimento ao cliente; processamento e gerenciamento de pedidos; processamento de vendas à vista e a prazo; e o cadastro e administração de clientes estão entre as principais funções dos cargos. Os benefícios incluem participação nos lucros, assistência médica e vale transporte e refeição. Interessados devem encaminhar currículos para rh2@editoraonline.com.br.

Com a polêmica sobre as trocas em trechos considerados ofensivos dos livros de Roald Dahl, a Puffin Books deu um passo atrás e afirmou nesta sexta-feira (24) que irá oferecer duas versões dos livros do autor: uma original, lançada pelo selo Penguin, e outra editada, com o selo da Puffin, específico para o publico infantil. Portanto, as obras originais não serão retiradas do mercado britânico. Segundo a editora, essa é uma forma de oferecer ao leitor a escolha de qual edição adquirir. A notícia da remoção de linguagem considerada ofensiva dominou a discussão sobre edição de um conteúdo literário, e se tal ação seria um tipo de censura à obra do autor. Porém, a grande maioria das repercussões sobre as adaptações foi negativa. O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak criticou as alterações e completou: "É importante que obras literárias e de ficção sejam preservadas e não retocadas. Sempre defendemos o direito à liberdade de expressão". Salman Rushdie afirmou que as alterações são classificadas como "uma censura absurda". “A Puffin Books e o espólio de Dahl deveriam se envergonhar”, disse em seu Twitter.

O novo RPG de ação de mundo aberto lançado pela Warner Bros. Games, o Hogwarts Legacy, vendeu, até o momento, mais de 12 milhões de cópias e arrecadou US$ 850 milhões em vendas globalmente nas duas primeiras semanas de lançamento. O jogo, que é um life game baseado no mundo da famosa série de livros Harry Potter, ultrapassou os recordes de vendas nas três plataformas em que está disponível atualmente e quebrou recordes de streaming ao se tornar o jogo single-player mais assistido de todos os tempos na Twitch, com 1.28 milhão de espectadores simultâneos no lançamento. Hogwarts Legacy também está quebrando os recordes da empresa em engajamento de jogadores, com 280 milhões de horas jogadas até o momento. Além disso, houve um aumento no engajamento dos fãs da franquia em geral, com o Wizarding World Digital obtendo um tráfego 300% maior em relação à média mensal normal de visitantes únicos nos primeiros 10 dias de fevereiro. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Nesta terça (28), Marcelo Tas entrevista no programa Provoca a ilustradora e quadrinista Luiza de Souza, conhecida como Ilustralu. Ela é autora de Arlindo (Seguinte), livro vencedor da CCXP Awards em 2022, na categoria Melhor Quadrinho. No bate-papo, ela fala sobre bullying, que somos ensinados a não sermos espontâneos, sobre as cores escolhidas para o livro, e muito mais. “As cores da história dão o tom dela. Então, por mais que se fale de coisas que são muito tristes, são gatilhos imensos para certas pessoas que podem ler e ficar meio assim, a história não fica pesada porque as cores não são pesadas. Amarelo e pink são tidas pela sociedade como cores femininas, então é meio que um spoiler da história”, conta. O programa vai ao ar na TV Cultura, às 22h.

A história por trás de uma casa, a da avó do narrador, é pano de fundo da obra Velhos hábitos (7 letras, 160 pp, R$ 56), escrita por Luciano Gatti. É por meio desse espaço físico que uma narrativa de memórias e recordações se constrói aos olhos do leitor, convidado para acompanhar a imersão de um personagem masculino nas figuras da mãe e da avó, sobretudo. A partir delas, Gatti delineia a história de uma família, recorrendo a imagens da infância, da adolescência e da vida adulta. Indo de um tempo a outro, o narrador nos aproxima dos acontecimentos que marcaram sua própria história, destacando a centralidade matriarcal do ambiente em que cresceu. Em Velhos hábitos, Gatti começa por destrinchar a forma de ser da mãe que, à imagem da mãe dela, está sempre em busca de algo para ordenar e limpar no âmbito doméstico. O que parece um simples testemunho da ansiedade da mãe – com altos padrões de higiene e planejamento da rotina diária de uma casa – aponta, na verdade, ao trabalho invisível e excessivo relegado às mulheres no espaço familiar. Não por acaso, as figuras masculinas de Gatti vivem à sombra dessas mulheres: o pai do personagem vai mal nos negócios, não cuida da segurança material de sua família e parece, na maioria das vezes, atrapalhar com decisões impensadas. O avô, pai de sua mãe, tampouco se sai muito melhor. Além de gastar a herança da esposa em maus investimentos e casos extraconjugais, o homem é taciturno e ausente, bem como o progenitor do narrador.

Primeiro vencedor do Novel Prize, prêmio literário coorganizado pelas editoras New Directions, Fitzcarraldo e Giramondo, Frio o bastante para nevar (Fósforo, 96 pp, R$ 44,90 – Trad.: Fabiane Secches), livro de Jessica Au, se passa nos poucos dias de uma viagem pelo Japão realizada por uma jovem australiana e sua mãe, nascida em Hong Kong. Debruçando-se sobre relações familiares complexas e a impossibilidade de se conhecer verdadeiramente o outro, a narrativa acompanha os episódios da viagem, mas também passeia por memórias da filha, que, como uma Sherazade da vida interior, sobrepõe lembranças e pensamentos ao sabor de seu fluxo de consciência. Enquanto as duas visitam museus, cafés e livrarias, ela rememora episódios da história materna, passagens da infância de ambas e dos seus anos como estudante de literatura inglesa, quando se abriram para ela horizontes que a vida de imigrante negou à sua mãe. Como de costume, essas conquistas vêm acompanhadas de perdas, e a distância que se instala entre as duas ao longo dos anos é prova disso. Espécie de meditação literária em que os pensamentos da narradora são mais centrais do que os fatos, Frio o bastante para nevar é uma elegia à busca pelo diálogo e uma poderosa reflexão sobre o papel da arte na expressão do que não pode ser traduzido em palavras.

Vencedor do Prêmio Cálamo, um dos prêmios literários mais importantes da Espanha, na categoria “Livro do Ano 2021” (escolhido por votação dos leitores), A tirania das moscas (Instante, 224 pp, R$ 48,90 - Trad.: Carla Fortino) constrói uma fábula insólita e envolvente, equilibrando com genialidade toques de realismo mágico, humor macabro e até mesmo lirismo para falar dos horrores do autoritarismo e da opressão em todos os níveis, do coletivo ao individual. O livro conta com capítulos inteiros escritos em falas tensas, sarcásticas, em que o clima disfuncional da relação entre pais e filhos se torna palpável. A história se passa em um pequeno país excessivamente quente, infestado de moscas, comandado pelo General Bigode. Ali mora uma família disfuncional, a começar pelos pais: um militar gago detentor de incontáveis medalhas pelos serviços prestados à pátria e uma mulher traumatizada por uma tragédia familiar que encontrou no casamento com um homem poderoso a chance de uma vida mais confortável, ainda que a maternidade lhe fosse custosa e insuportável. Da união do casal vieram três filhos: Cassandra, a mais velha, jovem perspicaz e manipuladora, sexualmente atraída por objetos, sobretudo enferrujados (e também a narradora do livro); Caleb, o do meio, possuidor de um dom incomum e mórbido; e Calia, a caçula, que se recusa a falar e desenha animais hiper-realistas. O pai, após ter sido acusado de traição e afastado do governo, instaura uma violenta autocracia na própria casa, obrigando os filhos, que viviam em discórdia, a se unir contra a intransigência paterna e a alienação materna. Em ritmo frenético, a narrativa dispara rumo a um desfecho inesperado.

Na cidade de Sófia, capital da Bulgária, respiram-se os ares agitados de uma democracia recém-conquistada. Em meio a essa atmosfera efervescente — cheia de eletricidade, libido e busca pelo prazer — Garth Greenwell dá voz a um professor americano que fez da Bulgária sua casa. No início do romance, o protagonista acaba de se separar de R., um estudante de Portugal, o único homem que já amou. Nesta nova etapa de sua vida, uma série de encontros com estudantes, outros escritores como ele ou amantes esporádicos revelam novas formas de intimidade, poder sexual e desejo que o confrontarão com suas cicatrizes. Pureza (Todavia, 224 pp, R$ 74,90 – Trad.: Fabricio Waltrick) começa justamente quando a história de amor termina. É o momento em que o narrador descobre a vida que se abre para ele sob o signo do desespero, mas também da liberdade — os aplicativos de encontro descortinam um imenso campo de aventuras possíveis. Uma transformação social e também física se dá quando ele vivencia a submissão sadomasoquista com um estranho, questionando os limites do prazer, da dor e do abandono aos desejos do outro. No centro desse tríptico ele relembra sua história de amor com R. O aclamado segundo romance de Garth Greenwell pode ser lido como um livro de histórias ou como uma delicada sinfonia em três movimentos.