O garoto Mike chegou ao topo da Lista Nielsen PublishNews, na categoria Ficção. A mistura de livro com HQ criada por Gabriel Dearo e Manu Digilio [foto], com as ilustrações espertas de Mack, agora tem os três primeiros volumes da série no levantamento dos autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país. Os números divulgados agora são referentes ao período de 15 de agosto a 11 de setembro. As aventuras de Mike 3: mudando de casa – Edição com brinde, publicado pelo selo Outro Planeta, estreia já na primeira colocação da lista. O segundo volume, As aventuras de Mike 2 : o bebê chegou, está na sétima posição, enquanto o livro que abre a coleção, As aventuras de Mike, figura no nono lugar. Há ainda a edição interativa da obra que ficou na décima posição. Na categoria Não ficção, o padre Reginaldo Manzotti lidera pelo segundo mês consecutivo com a obra O poder da cura (Petra). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra e/ou confecção de livros, traz esta semana dois editais. Um deles visa futuras aquisições de materiais de tecnologia educacional contendo livros paradidáticos com projetos integradores no formato impresso. O pregão está marcado para 29 de setembro, e o valor total chega a R$ 950.514,66. O segundo edital tem como objeto a aquisição, através de registro de preço, de materiais bibliográficos, livros didáticos, técnicos, literaturas, títulos e publicações. Tem valor estimado que chega a R$ 5.914.321,00. O pregão está marcado para 25 de setembro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) divulgou o balanço geral da sua 17ª edição, que teve como tema Letras & Música, a Ssnfonia da literatura. De 03 a 11 de setembro, o evento organizado pela GSC Eventos e com curadoria de Gisele Ferreira levou para a cidade mineira uma programação que apresentou nomes como Daniel Munduruku, Nelson Motta, Eduardo Bueno, Caetano Galindo, Jorge Caldeira, Cristóvão Tezza e Ney Matogrosso. O evento promoveu ainda debates, shows, oficinas, workshops, lançamentos, intervenções ao público infantojuvenil, mesas e palestras noturnas. Ao todo, foram 184 atrações culturais, além de um espaço dedicado à gastronomia, às crianças e o Circuito Pegada Literária (atividades descentralizadas do local do evento) que integraram a agenda. Assim, o Flipoços 2022 recebeu cerca de 50 mil pessoas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Começa nesta sexta-feira (23) a série Encontro com autores, uma iniciativa conjunta da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Theatro Municipal de São Paulo. A proposta é diversificar as linguagens apresentadas na programação da casa e aproximar relevantes escritores contemporâneos e seus leitores, em debates informais sobre suas obras. A homenageada como Personalidade Literária em 2022 pelo Jabuti, Sueli Carneiro [foto], é a primeira convidada da série. O encontro deve durar uma hora, no Salão Nobre do Theatro. Como em toda a série, os ingressos são gratuitos, distribuídos na bilheteria uma hora antes do evento. Esta primeira série de encontros, prevista para acontecer quinzenalmente, segue até o mês de novembro com a participação de Ignácio de Loyola Brandão, Felipe Castilho, Amara Moira, Monique Melcher, Eliane Potiguara, Drauzio Varella, Bruno Paes Manso e Mário Magalhães. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A VR Editora está com duas vagas abertas na sua equipe. A primeira é para o cargo de assistente editorial e os requisitos incluem ter Superior completo em Letras, Editoração, Jornalismo ou Comunicação; conhecimentos em inglês e espanhol; no Pacote Office e Adobe e experiência de dois anos na área. As funções do cargo incluem assessorar a produção editorial das obras; contatar colaboradores externos; coordenar e pautar diagramação; solicitar emissão de nota fiscal para pagamento; solicitar fichas catalográficas e ISBN; e traduzir e revisar obras de produção editorial interna. A segunda vaga é para assistente de direitos autorais e contratos. A pessoa contrata será responsável pela organização dos processos contratuais de obras estrangeiras e nacionais, licenciamento de textos, fotos e ilustrações; controle de contratos de tradutores, ilustradores, fotógrafos e outros; controle e montagem de processos documentais para contratos e licitações de Governos Federal, Estadual e Municipal; elaboração e controle de relatórios de direitos autorais; controle de pagamentos a fornecedores de serviços editoriais; entre outros. É preciso ter Superior completo em Letras, Editoração, Administração ou Direito; inglês avançado e espanhol intermediário; conhecimento do Pacote Office e Adobe e experiência de dois anos. Ambas as vagas são híbridas e interessados devem enviar currículos para Fernanda pelo e-mail administrativo@vreditoras.com.br até 26 de setembro, colocando no assunto o nome do cargo desejado.

Fomentar a integração da lusofonia é uma das principais motivações do Prêmio Pena de Ouro, realizado pela Casa Brasileira de Livros, que anuncia a abertura de inscrições para sua terceira edição. O conceito de lusofonia abrange o total de países que tem como oficial a língua portuguesa. A premiação total é de R$ 20 mil. O concurso tem as categorias Conto e Poema, com premiação em dinheiro para os três primeiros colocados. O vencedor de cada categoria leva R$ 7,5 mil. No site para as inscrições, que vão até 23 de outubro, o interessado preenche sua ficha em uma área destinada a seu país. As opções são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, além de um formulário para pessoas de outras nacionalidades que escrevem em português. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A tradutora literária australiana radicada no Brasil Alison Entrekin foi a vencedora da edição de 2022 do prêmio de tradução Australasian Association of Writing Programs. O trabalho que deu o prêmio a ela é um projeto apoiado pelo Itaú Cultural: traduzir para o inglês o romance Grande sertão: Veredas, de Guimarães Rosa (1908-1967). Experiente na tradução de outros autores de renome na cena brasileira, como Chico Buarque, Clarice Lispector, Cristóvão Tezza e Paulo Lins, Alison Entrekin começou o processo de verter Grande sertão: Veredas para o inglês em 2017. Ela trabalhou desafiada pela experimentação linguística do autor. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Aumentar a percepção do leitor de que, ao ler uma obra traduzida, ele está lendo autores a partir da visão de tradutores, é a proposta sutil e muito relevante do Transfusão, encontro que começa nesta quarta-feira (21), a partir das 18h, na Casa de Cultura Guilherme de Almeida. A programação se estende até o sábado (24) e pode ser conferida aqui. Transfusão - décimo-primeiro encontro de tradutores da casa Guilherme de Almeida é realizado este ano com o tema “Oralidade e escrita”. O evento é gratuito e reúne professores, tradutores, teóricos e etnólogos para debater como os tradutores lidam com diferentes manifestações da oralidade e da escrita. O evento é híbrido, com atividades na casa e também transmissão de atividades virtuais. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Felipe Sali, autor de Mais leve que o ar (Lote 42), realiza logo mais, às 19h, na Drummond Livraria, no Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073 – São Paulo / SP), o lançamento do livro Segredos escondidos em caixas de sapatos (Coerência). A obra é uma adaptação do livro do Wattpad A vida desencaixada de Ick Fernandes, que já conta com mais de 980 mil leituras na plataforma. Na história, o adolescente Ícaro faz de tudo para esconder dos amigos que escreve poesias, pois teme ser ridicularizado por isso. Inspirado na sua própria adolescência, Sali publicou o livro na plataforma e foi reeditando, adicionando e retirando cenas, ao longo dos anos, até chegar ao resultado que está lançando esta noite. Segredos escondidos em caixas de sapatos conta com o prefácio do autor Pedro Chagas Freitas.

A democracia está sob ataque. E o Brasil precisa desesperadamente de um herói para salvá-lo das garras dos maus políticos... Mas o herói que surge é improvável: Almeidinha é um paraibano ao mesmo tempo desajeitado, sonhador e pragmático, conhecido em Brasília como “o maior escritor de discursos da história da República”. Depois que Jairo vence as eleições de 2018, ele decide passar um tempo fora do país. Mas, enquanto se prepara para viajar com a família, algo inexplicável o leva... a 1958! No passado, Almeidinha convive com os gênios da bossa nova, encanta-se com um Brasil que dá certo e vai encontrar o presidente JK para tentar algo que possa “romper o continuum da história, evitar a ditadura e modificar o futuro.” De forma bem-humorada, muitas vezes ácida e sempre envolvente, O candidato (Citadel, 304 pp, R$ 59,90), obra de ficção do autor best-seller Rodrigo Alvarez apresenta uma crítica poderosa sobre o momento político atual. Uma obra que leva o leitor a viver novamente a utopia de um Brasil possível, em que o brasileiro rejeita o ódio para voltar a viver um projeto de nação que, mesmo desafiador, enche de esperança. As ilustrações são de Fernanda Mena.

Brasil, início dos anos 1970. De sua cela no presídio Tiradentes, o jovem paraense Renato Tapajós, que cumpria pena pelo envolvimento em ações de resistência à ditadura militar, escrevia, em letras miúdas sobre papel de seda, os capítulos daquele que se tornaria um dos romances mais impactantes sobre a luta armada, a repressão e a tortura durante o regime militar. Dobrado em pequenos retângulos envoltos em fita adesiva, o romance Em câmara lenta (Carambaia, 192 pp, R$ 69,90) foi dessa forma sendo levado, aos poucos, para fora da prisão – pelos pais do autor, que os colocavam sob a língua, durante suas visitas. Quando todos os pedaços puderam ser finalmente reunidos em um volume, o romance foi publicado em 1977, três anos depois da saída do autor da cadeia. No entanto, semanas depois do lançamento, Renato Tapajós, foi reconduzido à prisão pelo DEOPS, sob acusação de incitar a subversão, e uma ordem policial determinou a apreensão dos exemplares à venda. O romance teve outra edição em 1979, e só agora volta a ser publicado. Em câmara lenta se desenrola num fluxo de memória: o presente é de desencanto e autocrítica, e as lembranças voltam sempre para as atividades clandestinas do grupo semidesmantelado ao qual pertence o narrador. Há outros tempos, contudo, nesse prisma literário: a recepção das notícias do golpe militar de 1964 numa cidade do interior, os conflitos violentos entre estudantes de esquerda e de direita na Rua Maria Antônia, relatos da guerrilha do Araguaia e cenas de uma fuga da prisão.

Meu nome é Adam (Tabla, 384 pp, R$ 89 – Trad.: Safa Jubran) é o primeiro volume da trilogia Crianças do gueto, escrita pelo libanês Elias Khoury. Na obra, ele narra a história de Adam, um intrigante vendedor de falafel que mora em Nova York. Através da reconstrução da memória desse personagem, o autor conta aos leitores também a história da Nakba e do povo palestino. Com seu talento no uso das técnicas narrativas, Elias aborda, neste volume, grandes temas, como a identidade e a memória, e, sobretudo, questiona: como restituir, na literatura, crimes cujas vítimas estão muradas pelo silêncio? Desde a publicação de seu primeiro livro, An 'ilaqat al-da'irah, em 1975, Khoury é considerado um dos maiores nomes da literatura árabe moderna e da “vanguarda beirutense”, como ficaram conhecidos os autores libaneses que buscavam criar novas dimensões dentro do movimento modernista, iniciado no final dos anos 1940 com uma revolução na poesia.

No ano do centenário de morte de Lima Barreto (1881-1922), o personagem criado por Henrique Marques Samyn volta para reescrever a história no hospício onde Lima esteve em dois períodos, na Urca. Foi na segunda internação, entre o Natal de 1919 e fevereiro de 1920, que ele fez as anotações publicadas posteriormente como Diário do hospício e que serviram de base para O cemitério dos vivos, um romance inacabado. “E se alguém fizesse da tarefa de concluir essa obra a missão de vida? E se a pessoa fosse um homem que, movido por essa obsessão, chegasse a se internar, seguindo os passos de Lima? E se esse homem, sendo negro, acabasse preso nas redes do racismo e da violência manicomial? Esse é o enredo.”, explica o autor. A narrativa de Uma temporada no inferno (Malê, 120 pp, R$ 44) compila os fragmentos deixados pelo enigmático personagem, dialogando com os escritos de Lima e incorporando ampla documentação histórica, extraída de relatórios, textos científicos e periódicos da época. O livro tem orelha assinada pelo historiador Petrônio Domingues e prefácio de Caroline Bianca Moreth, que é mestre em literatura e participa do bate-papo de lançamento da obra, marcado para esta quarta (21), às 18h, na Livraria EdUERJ (Campus Maracanã - R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã - Rio de Janeiro / RJ).